Levantamentos indicam que os prédios públicos de Lorca foram afetados pelo tremor
R7, com agências internacionais
Foto: Juan Francisco Moreno/EFE
O terremoto desta quarta-feira (11) na cidade de Lorca, no sudeste da Espanha, é o mais grave registrado no país nos últimos 50 anos. Inicialmente o governo espanhol divulgou que dez pessoas morreram na catástrofe, sendo sete homens e três mulheres. No começo da noite (horário de Brasília), as autoridades corrigiram a informação: duas dessas pessoas ainda estão vivas, internadas em estado grave. Até agora foram contabilizados oito mortos.
O jornal El Mundo informa que as luzes das casas no centro de Lorca estão apagadas, pois a população prefere ficar nas ruas com medo de novos tremores. Além disso, a administração pública prepara bolsas com alimentos para 10 mil pessoas que ficaram desalojadas na região, diz o veículo.
Os primeiros levantamentos indicam que os prédios públicos de Lorca foram afetados pelo terremoto.
A mídia espanhola diz que o presidente José Luis Rodríguez Zapatero já conversou com o governador de Múrcia, Ramón Luis Valcárcel, e ofereceu toda a ajuda que for necessária.
História
O sismo que provocou o maior número de vítimas na Espanha desde a década de 1950 foi o registrado em 20 de abril de 1956. Esse terremoto causou a morte de 12 pessoas, deixou mais de 70 feridas e levou ao desabamento de 500 edifícios em Granada.
O último terremoto com vítimas foi o de 28 de fevereiro de 1969, no litoral da também província de Huelva, que atingiu 7,5 graus na escala Richter e deixou quatro mortos por ataques cardíacos.
Entenda
Os dois terremotos registrados nesta quarta-feira tiveram os epicentros localizados em Lorca. Segundo a Agência EFE, os tremores foram ocasionados por um "deslizamento horizontal da falha" na região, informaram fontes da unidade de registro sísmico da Universidade de Alicante.
Um dos responsáveis pela unidade explicou que a falha de Lorca tem uma superfície entre 40 e 50 km e está situada em "um nível praticamente superficial".
Na Espanha, são registrados cerca de 2.500 terremotos por ano, dos quais apenas dois, em média, são sentidos pela população por mês, segundo a rede sísmica do Instituto Geográfico Nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário