Para tucano, vaias partiram de um grupo "pequeno e organizado"
Daniela Lima, Folha.com
Foto: Alessandro Shinoda/Folhapress
O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), foi vaiado na comemoração do 1º de Maio organizada em São Paulo pela Força Sindical e outras quatro centrais --UGT, CGTB, Nova Central e CTB.
O tucano disse que que as vaias partiram de um grupo "pequeno e organizado", ressaltando ter recebido uma "recepção calorosa dos trabalhadores" --no final de seu discurso, ele foi aplaudido.
Alckmin chegou ao evento ao lado do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Eles minimizaram a crise da oposição e Aécio fez duras críticas ao governo.
"A oposição sairá fortalecida desse processo após o lusco-fusco político. Tenho certeza de que o PSDB sairá maior", afirmou o governador paulista.
Aécio foi mais enfático. Disse que o PSDB deve "parar de olhar para os outros". "É hora de colocar as nossas ideias, combater a inflação, falar sobre o processo de desindustrialização que ameaça o país. O governo é frágil, não toma iniciativas sobre as grandes questões", afirmou.
O senador mineiro disse ainda existir uma supervalorização dos problemas do PSDB, que, segundo ele, todos os partidos enfrentam.
"Como o PT consegue reincorporar alguém como o Delúbio [Soares]? Isso é que deve ser debatido", disse Aécio.
O senador aproveitou a ocasião para se colocar como porta-voz das bandeiras da oposição. Fez uma ironia sobre a decisão da presidente Dilma Rousseff de entregar alguns aeroportos à iniciativa privada. "Bem-vindo, PT, ao maravilhoso mundo das privatizações", afirmou.
Na última sexta-feira (29), Dilma cancelou a sua participação no evento, na avenida Marquês de São Vicente.
Segundo a Polícia Militar, foram à comemoração mais de 1 milhão de pessoas.
O custo estimado pelos organizadores é de até R$ 2,7 milhões.
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