Motorista que levava alunos foi multado pela Polícia Militar por não ter curso para transportar crianças
Raphael Pena, Araraquara.com
Foto: Daniel Barreto
A Prefeitura de Tabatinga contratou pessoas não autorizadas para realizar o transporte dos alunos das escolas municipais durante a greve dos motoristas, iniciada nesta segunda-feira.
Um dos motoristas contratados emergencialmente foi parado pela Polícia Militar (PM), na tarde de ontem, enquanto levava ao menos três crianças para a casa. Foi multado e perdeu cinco pontos na carteira de habilitação por estar transportando os alunos sem ter certificado do curso exigido para esse fim.
O caso decorreu de uma denúncia feita pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Itápolis e Tabatinga (SSMIT) e pelos motoristas em greve contra a Prefeitura.
A pedido da Promotoria de Justiça, a PM intensificou a fiscalização ao transporte de escolares em Tabatinga e fez o primeiro registro desse tipo de infração desde o início da paralisação dos motoristas do serviço público. O caso foi registrado em Boletim de Ocorrência como infração de trânsito.
Proposta
O Sindicato protocolou, na tarde de ontem, uma nova proposta de reajuste para apreciação da Prefeitura. Os servidores pedem a alteração da referência dos motoristas para nível 5 (o que altera o salário-base), reajuste de 10% para todos os servidores e aumento do vale-alimentação de R$ 160 para R$ 300. "Esperamos que o Prefeito nos receba para negociar", diz Benedito Dias, presidente do SSMIT.
"Tenho 15 dias para apreciar a proposta feita hoje (ontem). Vamos apresentar uma contraproposta, mas temos que analisar o que cabe no orçamento. Até 6% eu garanto", declara o prefeito José Luiz Quarteiro (PSB). Segundo ele, a folha de pagamento de Tabatinga compromete, atualmente, 49% do orçamento municipal. "Temos que respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal", completa.
Greve
Em assembleia realizada ontem à noite, os motoristas da Prefeitura decidiram manter a greve. Eles preparam um apitaço em frente à Prefeitura, hoje pela manhã, quando a greve deve ganhar adesão de outros setores, como o da Educação.
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