Mudança repentina no vento impediu reabertura em Buenos Aires
Lucas Ferraz, Folha.com
Arte: Folha
Uma mudança repentina no vento impediu a reabertura dos aeroportos de Buenos Aires na noite desta segunda-feira, após 24 horas seguidas de cancelamentos de voos por causa das cinzas do vulcão chileno Puyehue. Segundo as autoridades aeroportuárias da Argentina, o espaço aéreo permanecerá fechado até o meio dia de terça-feira (14).
Na tarde de hoje, após se reunir para analisar a situação do tempo, o comitê de crise montado pela Anac (Administração Nacional de Aviação Civil) argentina havia previsto retomada dos voos para o início desta noite. Segundo o órgão, a previsão para a manhã desta terça-feira é de tempo "favorável para a aeronavegação".
As pistas dos aeroportos de Ezeiza e Aeroparque chegaram a ser limpadas para a retomada das operações, mas como as cinzas voltaram ao céu da região metropolitana de Buenos Aires com o forte vento verificado há pouco, a Anac e as companhias aéreas decidiram suspender todos os voos, por medida de segurança, até amanhã.
O espaço aéreo da Patagônia também segue fechado. O Sul da Argentina é a região mais afetada pelas cinzas do vulcão chileno. Hoje voltou a faltar luz em Bariloche. As aulas na cidade, que está em estado de emergência, foram suspensas.
O setor turístico diz que a temporada de neve, que atrai muitos turistas em julho, está ameaçada. Vários lagos e estações de esqui estão inundados pelas cinzas.
O vulcão Puyehue, no Sul do Chile, entrou em erupção no último dia 4, a maior desde 1960. O vulcão segue ativo, e as cinzas chegaram a afetar o espaço aéreo de países como Austrália e Nova Zelândia.
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