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sábado, 18 de junho de 2011

Mundo | Forças da Síria matam 19 em protestos, dizem ativistas

Dezenas de milhares de pessoas se manifestaram ao redor do país

Khaled Yacoub Oweis, Reuters
 
Forças da Síria mataram 19 pessoas na sexta-feira ao abrir fogo contra manifestantes que pedem a saída do presidente Bashar al-Assad, denunciaram ativistas de direitos humanos, e potências europeias disseram que Damasco deve enfrentar sanções mais duras por conta da violência.
 
Dezenas de milhares de pessoas protestaram ao redor do país, desafiando a repressão militar de Assad e ignorando a promessa de que seu milionário primo Rami Makhlouf, um símbolo da corrupção, renunciaria ao seu império empresarial e doaria seu dinheiro à caridade.
 
"Os protestos na semana passada foram grandes e nesta semana são maiores ainda. Os manifestantes não tomaram ainda as praças em grandes cidades da forma como vimos no Egito, mas estamos indo nesta direção", afirmou por telefone à Reuters o opositor Walid al-Bunni, desde Damasco.
 
O pior derramamento de sangue aconteceu em Homs, onde ativistas disseram que 10 manifestantes foram assassinados e a televisão estatal informou que um policial foi morto por homens armados.
 
Uma pessoa também foi morta no centro comercial de Aleppo, no norte da Síria, o primeiro manifestante a morrer lá desde que os protestos começaram no sul do país em março.
 
As preces muçulmanas da sexta-feira ofereceram uma plataforma para os maiores protestos no levante de três meses, inspirado nas revoltas que derrubaram os líderes do Egito e da Tunísia e que continuam desafiando autocratas no mundo árabe.
 
Ativistas disseram que dezenas de milhares de pessoas protestaram na província de Deraa, no sul, onde começou a revolta contra o regime de Assad, assim como no leste curdo, na cidade de Hama, ao norte de Damasco, e nos subúrbios da própria capital.
 
Duas cidades do norte também foram cercadas por soldados do Exército, segundo moradores, cinco dias depois que militares reassumiram a cidade rebelada de Jisr Al-Shughour, o que levou milhares de pessoas a cruzar a fronteira para a Turquia.
 
Grupos de defesa dos direitos humanos sírios disseram que 1.300 civis e mais de 300 soldados e policiais morreram desde o início dos protestos contra o regime de 41 anos da família Assad e que mais de 10 mil pessoas foram presas.
 
Autoridades atribuem a violência a grupos armados e islâmicos, apoiados por potências estrangeiras. A Síria proibiu a entrada da maioria dos jornalistas estrangeiros, tornando difícil a verificação de relatos de ativistas e autoridades.

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