Fazul Abdullah Mohammed atuava na Somália e fugia por mais de dez anos
Abdi Sheikh, Reuters
A polícia somali anunciou neste sábado ter matado na capital do país o líder da Al Qaeda mais procurado na África, Fazul Abdullah Mohammed, numa operação na terça-feira.
Mohammed era considerado o chefe da Al Qaeda no leste da África, atuava na Somália e escapou à captura por mais de uma década, depois de ser acusado de ter tido papel de destaque nos atentados contra as embaixadas dos Estados Unidos em Nairóbi, no Quênia, e em Dar es Salaam, na Tanzânia, em 1998, nos quais foram mortas 240 pessoas.
A polícia disse ter atirado contra Mohammed em um posto de controle em Mogadíscio, depois de uma troca de tiros à meia-noite de terça-feira. Acredita-se que Mohammed estivesse escondido no caótico país na maior parte dos últimos dez anos. Também conhecido como Harun e pelo menos outros 18 nomes falsos, ele era um especialista em computação e talentoso com idiomas.
O governo dos EUA afirma que vários membros da Al Qaeda envolvidos nos atentados às embaixadas procuraram refúgio no sul da Somália, a parte mais violenta do país. A Somália está sem um governo central eficaz desde a derrubada do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991.
"Temos confirmado que ele foi morto pela nossa polícia em um posto de controle nesta semana", disse à Reuters Halima Aden, da força de segurança nacional.
"Ele tinha um passaporte falso da África do Sul e, é claro, outros documentos. Após investigação, nós confirmamos que era ele."
Os Estados Unidos ofereciam recompensa de 5 milhões de dólares por informações que levassem à captura dele. A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse a jornalistas: "A morte de Harun Fazul é um golpe significativo para a Al Qaeda, seus aliados extremistas e suas operações no leste da África."
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