Ele prestou depoimento sobre o escândalo de grampos telefônicos e corrupção
Mohammed Abbas e Keith Weir, Reuters
Rupert Murdoch disse ao Parlamento britânico nesta terça-feira que  ter de prestar depoimento sobre o escândalo de grampos telefônicos e  corrupção que abalou seu império global de mídia é "o dia mais  humilhante" de sua vida.
Sentado ao lado de seu filho James, que iniciou a aguardada  sessão parlamentar na sala de um comitê em Westminster se desculpando  pelo sofrimento causado às vítimas dos grampos de mensagens telefônicas,  o magnata australiano, de 80 anos, interrompeu brevemente:
"Eu gostaria de dizer só uma frase: Esse é o dia mais humilhante  da minha vida", disse o chefe-executivo da News Corp, sediada nos  Estados Unidos.
Murdoch disse depois que ficou "chocado, horrorizado e  envergonhado" ao ler há duas semanas sobre o caso que transformou o  escândalo em algo que abalou a confiança dos britânicos não apenas com  relação à imprensa, mas à polícia e aos políticos, inclusive ao  primeiro-ministro David Cameron.
Mas ao ser perguntado diretamente se ele se considerava  pessoalmente responsável "pelo escândalo", Murdoch respondeu  simplesmente: "Não".
Ao ser perguntado quem era responsável, ele disse: "As pessoas em  quem eu confiei para administrar (o jornal), e talvez as pessoas em  quem elas confiaram."
Diversas pessoas foram retiradas no início da audiência de uma  área pública da sala, que ficou lotada, por segurarem cartazes com a  inscrição "Murdoch é procurado por crimes noticiosos".
Mais tarde durante o interrogatório, Murdoch insistiu que havia  se enganado quando negou anteriormente que os grampos telefônicos  cometidos por seu tablóide News of the World iam além de um caso em  2007, pelo qual um jornalista foi preso.
Batendo na mesa em aparente frustração, ele disse que o jornal  era apenas uma pequena parte de seus negócios, sugerindo que ele não  supervisionava as atividades pessoalmente.
O tablóide, que tinha a maior venda de domingo na Grã-Bretanha, foi fechado há 10 dias por conta do escândalo.
 
 
 
 
 
 

 
 
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