Em fevereiro, principais lideranças do ARS discutiram os aspectos técnicos de contribuição entre Brasil e Estados Unidos
São Carlos em Rede
Foto: Divulgação
A chegada do pesquisador norte-americano Gregory M. Glenn à Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP), na semana passada, implica, além da possibilidade de reforço no intercâmbio científico, no reconhecimento da pesquisa agropecuária brasileira e dos resultados que ajudaram o Brasil a se tornar líder em Agricultura Tropical.
Glenn é o primeiro pesquisador recebido no Centro de Pesquisa dentro do programa "Labex Invertido", no qual cientistas americanos trabalham com pesquisadores da Embrapa no Brasil. É um novo formato de cooperação internacional, nos mesmos moldes que o programa original da Embrapa - denominado Labex (Laboratórios Virtuais da Embrapa no Exterior) - faz com instituições na América do Norte, Europa e Ásia.
"A estratégia para consolidar algo desejado pelo programa Labex desde o início de suas atividades foi sensibilizar a alta direção do Serviço de Pesquisa Agrícola (ARS) o que foi conseguido, em grande parte, através da primeira visita do presidente do ARS, Edward Knipling, à Embrapa - em dezembro de 2010 - e às discussões e entendimentos que se sucederam e contaram também com o apoio do diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes", explica o coordenador do Labex Estados Unidos, Ladislau Martin Neto.
Em fevereiro, as principais lideranças científicas e da administração do ARS - incluindo o presidente Edward Knipling - discutiram com Martin Neto os aspectos técnicos da proposta e as respectivas possibilidades de contribuição entre Brasil e Estados Unidos.
Glenn é o primeiro pesquisador recebido no Centro de Pesquisa dentro do programa "Labex Invertido", no qual cientistas americanos trabalham com pesquisadores da Embrapa no Brasil. É um novo formato de cooperação internacional, nos mesmos moldes que o programa original da Embrapa - denominado Labex (Laboratórios Virtuais da Embrapa no Exterior) - faz com instituições na América do Norte, Europa e Ásia.
"A estratégia para consolidar algo desejado pelo programa Labex desde o início de suas atividades foi sensibilizar a alta direção do Serviço de Pesquisa Agrícola (ARS) o que foi conseguido, em grande parte, através da primeira visita do presidente do ARS, Edward Knipling, à Embrapa - em dezembro de 2010 - e às discussões e entendimentos que se sucederam e contaram também com o apoio do diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes", explica o coordenador do Labex Estados Unidos, Ladislau Martin Neto.
Em fevereiro, as principais lideranças científicas e da administração do ARS - incluindo o presidente Edward Knipling - discutiram com Martin Neto os aspectos técnicos da proposta e as respectivas possibilidades de contribuição entre Brasil e Estados Unidos.
"Com a vinda de pesquisadores altamente qualificados e experientes dos EUA, a expectativa é gerar novos avanços da pesquisa agrícola como um todo, e de agregar valor a produtos de origem agrícola, no caso particular de plásticos biodegradáveis de fonte renováveis", acrescenta Martin Neto, que também já foi chefe geral da Embrapa Instrumentação.
Parceria ultrapassa uma década
O projeto Labex foi criado em 1998, para fomentar a cooperação científica e tecnológica com outros países. Por se tratar de um laboratório virtual, não dispõe dos recursos de um laboratório convencional. As equipes compartilham os meios físicos com as instituições parceiras. A Embrapa conta atualmente com Labex nos Estados Unidos, Inglaterra, França, Coréia do Sul e, recentemente, oficializou a instalação do Labex China.
O ARS, primeira organização congênere com a qual a Embrapa estabeleceu parceria para criar sua experiência pioneira em cooperação internacional, possui 100 estações experimentais nos Estados Unidos, atua com aproximadamente nove mil funcionários e recebe orçamento anual de US$ 1,2 bilhão.
Devido à sua infraestrutura, associada à expertise de seus cientistas, a instituição se tornou não apenas referência mundial em pesquisa agrícola, como também o parceiro ideal para a Embrapa locar seus pesquisadores em diversas partes do território americano, visando realizar pesquisa agrícola de ponta.
Graças à parceria com o ARS, a Embrapa intensificou sua atuação em áreas como sanidade animal, melhoramento genético vegetal e animal, biotecnologia, agricultura de precisão, mudanças climáticas, e propriedade intelectual, entre outros temas.
Nanotecnologia aproxima pesquisas
A parceria com o ARS também envolve nanotecnologia, desde que essa área foi criada na instituição americana, órgão vinculado ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O pesquisador Luiz Henrique Capparelli Mattoso, atual chefe geral da Embrapa Instrumentação, foi o responsável pela área de nanotecnologia (2005-2007) no programa Labex (Laboratório Virtual da Embrapa no exterior) no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Agora Mattoso recebe, de forma pioneira, o pesquisador Gregory Glenn, que permanecerá um ano na Embrapa Instrumentação. Ele irá desenvolver pesquisa no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA), na área de produção de plástico biodegradável e de fonte renovável, na qual o próprio Mattoso atua, juntamente com o pesquisador José Manoel Marconcini.
Para Luiz Mattoso, trazer uma pessoa com a experiência do pesquisador Glenn para ficar um ano no Brasil é uma oportunidade única para trabalharmos conjuntamente no desenvolvimento de plásticos biodegradáveis de fontes agrícolas brasileiras. "Ele é um dos maiores especialistas neste tema e certamente trará contribuições significativas para as pesquisas realizadas na Embrapa."
Glenn foi editor da Revista Carbohydrate Polymers por vários anos, trabalha no ARS/USPA há 24 anos, recebeu várias premiações, dentre as quais se destaca uma recebida do secretário de Agricultura dos EUA pelo trabalho em embalagens para alimentos. Possui 125 artigos e 16 patentes e foi presidente da Sociedade Bioenvironmental Polymers, para a qual organizou várias conferências com especialistas do mundo todo.
Gregory Glenn - pela primeira vez no Brasil - acredita que o trabalho com cientistas da Embrapa Instrumentação será bastante produtivo, devido à alta qualificação dos pesquisadores. Doutor em fisiologia de plantas, o pesquisador disse que pretende contribuir para implementar o desenvolvimento de pesquisas na área de nanotecnologia.
(*) Com informações dos jornalistas Wilson Fonseca e Fernando Gregio, da Secretaria de Comunicação da Embrapa
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