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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Redação | Blog Marcel Rofeal abre espaço para opinião

Analisando, pela lógica, os acontecimentos dos últimos dias

Marcel Rofeal*

Depois de quase três semanas sem opinar, o BMR retoma as atividades normais neste dia 18 de novembro de 2011. Primeiramente, gostaria de comentar os registros históricos do blog nas últimas semanas: o número de acessos. Foram quatro mil visitas diárias entre os dias 23 e 29 de outubro, e mais de cinco mil no dia 31. Assim, inicio esse texto agradecendo os nossos leitores pelas marcas.

Nessas últimas duas semanas tivemos boatos se espalhando, esperanças surgindo aos trabalhadores de algumas áreas, tudo acerca de uma suposta exoneração. Tudo não passou de conversa fiada, o que simboliza que a maioria não representa nada para uma administração. Aliás, uma administração que acabou pecando, também, em não se fazer presente através de seu chefe maior, o prefeito, em reuniões de suma importância, tais como a pré-conferência da Consocial e as audiências sobre o orçamento 2012 em Ribeirão Bonito.

Aliás, a prévia da Consocial atraiu cerca de 30 pessoas no último dia 4 – infelizmente não pude estar presente por estar em Jundiaí, acompanhando o funeral de um parente – e foi muito importante para esclarecer o que será debatido entre hoje (18) e amanhã (19). Mas ainda não consigo compreender o motivo para o não comparecimento de mais munícipes. Do mesmo modo ocorreu nas discussões do orçamento, onde compareceram autoridades e representantes de organizações. Cadê a população? Vamos exercer nossos direitos, minha gente!

E como um assunto leva a outro, falando em orçamento, desses R$ 23,5 milhões que estão previstos para o ano que vem, e como somos bombardeados pelas inúmeras reclamações feitas por quem freqüentou os cemitérios de Ribeirão e Guarapiranga no último dia 2, o que estão esperando para, no mínimo, fazer alguns retoques nestes locais? Quase quebraram a perna em um buraco na escada do cemitério em Ribeirão Bonito e poderiam ter morrido se caíssem na cratera formada dentro do cemitério de Guarapiranga. Vamos esperar acontecer?

Mudando completamente, vamos a São Paulo! O que vocês acharam dos acontecimentos na USP (podem até responder nos comentários)? Respeito toda e qualquer opinião, mas não sou obrigado a concordar com algumas. Ainda assim, não há quem tire da minha cabeça o belo trabalho, mesmo que tardio, da Polícia Militar na desocupação da reitoria. Prender alunos maconheiros não adianta, é uma tentativa ‘inútil’ de coibir o consumo de drogas em local público, mas fazer vandalismo com essa desculpa não dá. Também não dá para aturar esse pessoal dizendo que é repressão, ora, pois, e o que os invasores fizeram com a imprensa? É liberdade?

Já no Rio de Janeiro, qual a liberdade que a imprensa tem para trabalhar? Durante operação policial em uma favela, o cinegrafista Gelson Domingos, da Band, foi baleado e morreu. Culpa da polícia? Duvido. Mas prefiro deixar para uma próxima oportunidade.

Dezoito anos – Aproveitando esse momento de opinião, gostaria de agradecer aos cumprimentos enviados devido ao meu aniversário, no último dia 8. “Depois dos 18, o tempo voa”, dizem e eu acredito. Mas tornarei cada segundo indispensável nessa nova etapa.

*Marcel Rofeal é colaborador do jornal “Correio D’Oeste”, redator do jornal “Agosto” e responsável pelo “Blog Marcel Rofeal – BMR”.

Um comentário:

Andre Lucato disse...

Marcel,

Não é correto reduzir a discussão da ocupação da reitoria da USP como sendo um ato de pessoas revoltadas por não poderem fumar maconha em público.
O atual reitor é uma pessoa muito controversa na condução da universidade. Foi uma pessoa desastrosa na condução da faculdade de direito.
Foi nomeado pelo governador José Serra mesmo não sendo o primeiro colocado na eleição da lista tríplice, fato inédito na história recente da USP.
Um dos primeiros atos como reitor foi fazer o convênio com a PM, ato que desagradou grande parte dos professores, funcionários e alunos.
A tensão já vinha crescendo há muito tempo.
A luta, mesmo que de uma minoria, é legítima. Se houve excessos, não se pode generalizá-los. Os que se excederam que devem pagar pelos atos. Não o movimento. Mesmo porque,se minoria não pudesse protestar, que dizer dos protestos "contra a corrupção", que não levou mais que 1000 pessoas às ruas neste feriado.

Seguem dois links que ajudarão a esclarecer as coisas:

http://blog-sem-juizo.blogspot.com/2011/11/conflito-na-usp-e-maior-do-que-maconha.html

http://blogdoonipresente.blogspot.com/2011/11/relato-de-uma-estudante-da-usp.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blogspot%2FjENg+%28Oni+Presente%29

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