Após denúncias de assédio sexual, chefe da Igreja Católica na Escócia não irá participar do conclave
AFP
Foto: Giulio Napolitano/AFP
Acusado de "conduta inapropriada", o chefe da Igreja Católica da Escócia,
o cardeal Keith O'Brien foi afastado das funções e não participará do
conclave para escolher o próximo Papa. No domingo, a imprensa britânica
publicou denúncias de assédio contra o religioso.
"O Santo Padre, o Papa Bento XVI, aceitou em 18 de fevereiro a
renúncia de sua eminência o Cardeal O'Brien do governo da Arquidiocese
de Saint Andrews e Edimburgo", afirma um comunicado da Igreja Católica
da Escócia.
Em novembro passado, Keith O'Brien havia anunciado que iria renunciar em março de 2013, ao completar 75 anos.
No entanto, "o Santo Padre decidiu que minha renúncia se torne
efetiva hoje, 25 de fevereiro de 2013", declarou o cardeal em um
comunicado.
"Levando em conta meus anos de ministério, agradeço a Deus por todo o
bem que pude fazer. Por meus fracassos, peço perdão a todos os que
ofendi", disse ele.
O cardeal de 74 anos foi acusado nos anos 1980 por três padres e por
um ex-religioso de "conduta inapropriada", segundo o jornal britânico
The Observer. A conduta inapropriada seria assédio sexual.
O'Brien nega as acusações, que foram transmitidas a Roma uma semana antes da renúncia de Bento XVI, no dia 11 de fevereiro.
"Não desejo que os meios de comunicação concentrem em minha pessoa em
Roma, e sim no papa Bento XVI e em seu sucessor", acrescentou.
O cardeal era também conhecido por suas críticas a união homossexual,
mas por defender que a Igreja liberasse o casamento de padres.
Com a decisão, a Grã-Bretanha não terá representante no conclave.
O'Brien continua com o título de cardeal, mas destituído de todas as
suas funções. O cardeal informou que estava buscando conselhos legais.
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