Iniciativa partiu do Conseg e foi anunciada na
reunião de segunda-feira
Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito
Fotos: Marcel
Rofeal/BMR
O Conselho Comunitário
de Segurança de Ribeirão Bonito voltou a distribuir suas urnas pela cidade em
busca de denúncias, sugestões e críticas, cujos autores permanecem anônimos. Na
noite desta segunda-feira (13), em reunião, a presidente do Conseg afirmou que
alguns moradores se queixaram após a soltura de acusados por envolvimento com entorpecentes
na cidade. As quatro urnas foram instaladas em estabelecimentos comerciais em
bairros e no Centro.
No templo evangélico
da Igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira do Conjunto Habitacional
Victor Arnaldo Torrezan, Maria José Prior comentou que o Conselho recebeu
inúmeras reclamações de moradores indignados com a atuação da Polícia Civil
diante de apreensões efetuadas pela Polícia Militar no combate às drogas, um
dos principais temas abordados durante o encontro. Ela aproveitou para lamentar
a ausência do delegado Reinaldo Lopes Machado, que enviou um representante.
Para o comandante da
2ª Companhia do 38° Batalhão de Polícia Militar de Ribeirão Bonito, capitão
Paulo Roberto Nucci Júnior, não cabe à PM analisar a atuação da Polícia Civil e
disse que respeita as decisões do delegado de polícia, ainda que não concorde
com algumas delas. Segundo Nucci, as duas polícias tem trabalhado em parceria no
combate à violência na cidade, principalmente no que diz respeito ao tráfico de
entorpecente, mas reafirmou sua postura em defesa dos policiais.
Questionado sobre as
apreensões de drogas, a forma como os casos são registrados e os desfechos, o
capitão destacou que a autoridade policial (delegado) tem autonomia para
interpretar o relatório das ocorrências e decidir sobre a qualificação por
porte ou tráfico de entorpecentes. Nucci disse ainda que o delegado pode se
sensibilizar com a atuação do advogado do suspeito durante o depoimento, o que
pode interferir na forma como o processo seja conduzido.
Indagado sobre um
caso registrado na semana passada e que poderia ser considerado flagrante, mas
o suspeito detido e acusado de tráfico acabou liberado na Delegacia, o
carcereiro Aparecido Donizete Galhardo, que representou a Polícia Civil,
afirmou que o único com competência jurídica para comentar a respeito era a autoridade
policial e se negou a falar sobre a posição adotada pelo delegado e ainda sobre sua
interpretação para distinguir o porte ou o tráfico de drogas.
Urnas – Segundo o
Conseg, quatro estabelecimentos da cidade receberam as urnas: Padaria São José (da
Terezinha) no Jardim Centenário, Loja da São no Jardim São Paulo, Padaria Café
no Ponto (do Pelé) nas Malvinas e Sorveteria do João no Centro. Em outras
ocasiões, a iniciativa gerou polêmica com o surgimento de denúncias de supostos
esquemas de fraude na Ciretran local e de possíveis irregularidades nas obras
da nova escola de ensino fundamental no Centenário.
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