sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ministério Público Estadual aguarda posicionamento da Prefeitura sobre a Casa Abrigo de Ribeirão Bonito

No Jardim Centenário, moradores se mobilizam para evitar mudança 

Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito 

Fotos: Marcel Rofeal/BMR
Chega ao fim no próximo dia 9 de março o prazo para que a Prefeitura de Ribeirão Bonito responda ao Ministério Público Estadual sobre uma proposta de ajustamento de conduta relacionada à Casa Abrigo do município. No início do mês, o MP instaurou inquérito para apurar a situação da instituição após denúncias de irregularidades. Ainda no início do mês, a Câmara aprovou um projeto que prevê a regularização e a mudança de endereço da sede da entidade.

Na noite desta quarta-feira (25), o assunto voltou a ser notícia no “Jornal da EPTV 2ª Edição”. A equipe de reportagem esteve na cidade na segunda-feira (23) e voltou nesta quarta para apurar mais informações. Em entrevista à emissora, o promotor Ilo Marinho Gonçalves Junior aponta que o local não possui número suficiente de profissionais qualificados e que a estrutura não é adequada para abrigar os menores. Além disso, não haveria materiais educativos para os internos.

O inquérito foi aberto após reclamações de moradores vizinhos à Casa Abrigo, que se queixam da falta de segurança após a implantação da unidade. Em reportagem publicada no fim do ano passado pelo BMR, populares relataram fugas constantes dos menores e mencionaram a falta de capacidade dos profissionais contratados em caráter de emergência em agosto pela Prefeitura. Preocupados, os moradores do Centro já mobilizaram um abaixo-assinado contra a situação atual.

Moradores do Jardim Centenário também já se mobilizaram contra a mudança da Casa Abrigo, que deve ser instalada em um prédio situado à esquina da Rua Manoel Gayoso com a Avenida Afonso Celestino. Um projeto aprovado pela Câmara no dia 2 de fevereiro, em segundo e definitivo turno, autorizou o Executivo a criar e regularizar a instituição, com a oficialização dos cargos de cuidadores e coordenador, e prevendo a transferência da sede para outro imóvel.

A antiga vaca mecânica, como é conhecida popularmente, passará por reformas. O prédio, segundo o projeto, será adequado às exigências legais para o devido acolhimento dos menores. Também pelo objeto, o município poderá destinar corretamente os recursos necessários para melhorar as condições e estrutura do serviço oferecido. A Casa Abrigo é uma responsabilidade do município, assumida por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado junto ao Ministério Público.

Em sessão no dia 2 de fevereiro, na segunda votação, os vereadores Joseilton de Jesus (PSDB) e Manoelito da Silva Gomes (DEM) comentaram uma visita ao prédio; ambos votaram favoráveis ao projeto. “Espero que não vá continuar essa bagunça que está hoje”, disse Joseilton. “É determinação judicial. Se está ruim com a estrutura, pior sem ela”, afirmou Gomes. Votaram contra: Dimas Tadeu Lima (PT); Pedro Maia Almeida (PSDB); e Renata Mesquita Magalhães (PSD).

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