Seis dos nove vereadores comentaram o assunto
durante “Tema Livre” e criticaram a falta dos incentivos que foram anunciados em
campanha
Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito
Fotos: Arquivo/BMR
Na mesma sessão
ordinária, realizada na noite de segunda-feira (21), em que criticaram o
Executivo pela quantidade de cargos em comissão, vereadores de Ribeirão Bonito
também criticaram a falta de políticas públicas de incentivo à instalação e
manutenção de empresas no município. O assunto foi levantado pelo vereador e 2°
secretário da Mesa Diretora da Casa, José Sebastião Baldan (PMDB), que
apresentou uma indicação visando um distrito industrial.
Autor da indicação
076/2015, Baldan foi o primeiro a ocupar a tribuna da Câmara e tratou do tema
ao comentar suas indicações apresentadas no expediente dos trabalhos. “Digamos assim,
não vai ter empresa que venha, mas se chegar uma empresa que diga ‘olha, eu
quero me instalar em Ribeirão Bonito’, onde vai instalar”, questionou Baldan. “Tem
que estar preparado, tem que abrir espaço, ir na mídia divulgar que tem espaço,
aí eu acho que haveria mesmo condições”, explica.
Em aparte, o vereador
Joseilton de Jesus (PSDB) comentou sobre uma empresa que seria instalada no
município, mas que foi a Dourado, e questionou a justificativa de “que não pode
instalar empresa em Ribeirão Bonito porque não tem a estação [tratamento] de
esgoto”. “Eu acho é que está faltando incentivo do Executivo para que essas
empresas se instalem em Ribeirão Bonito. Tem que ter um pouco de empenho do prefeito
e realmente ver se o prefeito gosta da cidade”, afirmou.
Baldan confirmou
haver um espaço destinado às empresas, mas para ele o local seria “pequeno e
inadequado” e foi incisivo. “Estou até citando na justificativa que Ribeirão
Bonito não se mostrou eficiente no Turismo e não se mostrou eficiente na
geração de empregos”, concluiu. Já para o vice-presidente da Câmara, Manoelito
da Silva Gomes (DEM), o distrito industrial deveria ser um espaço situado na entrada
da cidade, com fácil acesso às rodovias.
“Acho que é um
assunto, para mim, que não vou abordar mais”, disse. Porém, sugeriu que os “filhos
de Ribeirão Bonito que foram embora e voltaram, pessoas que compram muitas
terras” doassem uma área no município para a instalação de uma área industrial.
“Distrito industrial tem que ser na entrada da cidade, mas ali já tem tudo próximo,
tem tudo dono”, sinalizou. “Perto do recinto, como o senhor falou, no meio das
casas, não dá para fazer um Distrito Industrial ali”, ponderou.
O parlamentar ainda
criticou ribeirão-bonitenses bem sucedidos que não investem no município e não
geram emprego à população, mas elogiou colegas da Casa que geram emprego sem
qualquer tipo de incentivo da administração. “Hoje, qualquer empresário, antes
do lucro, está pensando na redução de custos”, adiantou. Também na tribuna, o
1° secretário da Mesa Diretora, Regivaldo Rodrigues da Silva (PSDB), falou do
tema. “A gente está preocupado com nossa população”, disse.
Também em aparte, o vereador Pedro Maia Almeida (PSDB) se mostrou indignado. “Toda cidade tem alguma coisa, tem uma área industrial [...]. Você vai em Trabiju, tem, vai em Boa Esperança, tem, vai em Dourado [...] agora você pega Ribeirão Bonito, não pode”, comentou. “Meus três irmãos mais novos moram em Américo porque não tem serviço aqui [...]. Se eles ficassem aqui, iriam catar laranja ou cortar cana porque a cidade não oferece nada”, concluiu.
Também em aparte, o vereador Pedro Maia Almeida (PSDB) se mostrou indignado. “Toda cidade tem alguma coisa, tem uma área industrial [...]. Você vai em Trabiju, tem, vai em Boa Esperança, tem, vai em Dourado [...] agora você pega Ribeirão Bonito, não pode”, comentou. “Meus três irmãos mais novos moram em Américo porque não tem serviço aqui [...]. Se eles ficassem aqui, iriam catar laranja ou cortar cana porque a cidade não oferece nada”, concluiu.
Último a ocupar a
tribuna, o presidente da Casa também comentou o assunto ao encerrar sua fala no
“Tema Livre”. Marcelo Antonio Lollato (PMDB) afirmou que a questão é a falta de
incentivos. “Cabe a nós na Casa, se é que nós vamos ter coragem de fazer isso
[...], sentarmos os nove e vamos resolver qual tipo de incentivo nós podemos
dar como outros vereadores de outras cidades já sentaram e deram para esses
municípios, por isso houve atração de empresas”, completou.
Promessa – “Implantar
um distrito industrial de categoria não poluente para atrair indústrias para o
município com o objetivo de gerar emprego e renda” era um dos itens do Plano de
Governo proposto pelo então candidato a prefeito Wilson Forte Júnior (PMDB) em
2012. Além disso, Nenê Forte havia se comprometido a estimular e ampliar a instalação
de empresas, criar um Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico, oferecer
apoio às empresas e incentivo para atrai-las.
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