Marcel Rofeal, da Redação
Ao completar 22 anos,
no último domingo (8), repeti o ritual que, há poucos anos, tornou-se
tradicional e importante em minha vida. Parei diante de mim mesmo para uma
autoanálise e reflexão, me isolei de tudo e todos, e me retirei em pensamento e
oração por horas, como sempre o faço. Ao passado, pude olhar com certa
nostalgia e saudades. Ao presente, mantive certa cautela para discernir o que
tem se passado. Para o futuro, mantenho meu otimismo e esperança para que, com
fé, força e foco, possa alcançar os meus objetivos, que outra coisa não visa
senão o poder de ajudar o próximo.
Diante de tantas
experiências em tão pouco tempo, trago certa nostalgia ao recordar bons
momentos e boas passagens que, certamente, não se repetirão. Nostalgia, pois
muitas das pessoas que amei e marcaram tão importantes acontecimentos em minha
vida já não estão em nosso meio, ou talvez até estejam, mas em outra dimensão;
algumas permanecem conosco, porém a distância e outros fatores impedem tamanha
proximidade, impedem a boa convivência, impedem até o convívio em harmonia, o
que é lamentável.
Sob as luzes do
momento presente, devemos ter precaução para análises e decisões. Tudo é muito
prematuro e requer muita sabedoria, paciência, coisas que, confesso, peço muito
a Deus, pois pouco tenho. Busco sempre agir de modo a não me arrepender depois –
quem nunca? –, mas, sobretudo de maneira a promover algo útil, que possa
beneficiar outras pessoas. Os próprios textos redigidos neste espaço ou em
redes sociais, de minha autoria, outra coisa não quer senão que outras pessoas
possam, de alguma forma, tirar proveito diante da experiência e/ou situação de
outrem.
Para o futuro,
mantenho vivo aquele pequeno garoto, filho de funcionários públicos, vindo de
família pobre, que desde muito cedo enfrentou as mais diversas situações e,
desde tão cedo, aprendeu a ser um homem de responsabilidades e compromissos.
Assumi, talvez por falta de opções, o papel de intermediador nos mais diversos
conflitos, familiares ou não, e assumi para mim um papel de responsabilidade
sobre as mais diferentes questões para a promoção da paz, do bem. Muitos que já
têm convivência comigo até me questionam, às vezes, sobre a necessidade de tal responsabilidade,
porém nunca encontro outra resposta senão esta: sinto que é minha obrigação
fazer o máximo que eu posso por aquilo que acredito ser correto.
Mantendo vivo esse
menino, mantenho acesa a chama da esperança, do otimismo. Acredito, sim, que
tudo possa melhorar, a começar por nós mesmos. Vivo cobrando isso de mim mesmo,
por sinal, e por isso, talvez, minha reclusão num “mundo paralelo”. Sinto a
necessidade de maior contato com as pessoas, de transmitir maior afeto, atenção
e carinho às pessoas, porém, eu mesmo crio um escudo que impede esse
relacionamento interpessoal. Por isso, aproveitando o ensejo, peço que, se
tiverem a oportunidade e a vontade, se aproximem, puxem assunto, pois não sou
antipático, antissocial, arrogante, pelo contrário, apenas tímido demais e
preocupado idem.
No entanto, na
conclusão de mais um ciclo de vida, não foi possível deixar de sentir tamanha
emoção com as inúmeras demonstrações de carinho e afeto de conhecidos e
desconhecidos, amigos, familiares, pessoalmente, por telefone ou por mensagens,
enfim, sou grato a cada um simplesmente por existir e grato a Deus por colocar
pessoas assim em meu caminho. Em mim, afirmo-lhes, vocês podem contar que terão
um amigo, um irmão, um conselheiro ou simplesmente um ombro amigo, nos momentos
mais diversos. Por outro lado, porém, peço apenas um favor em troca, e é com
este pedido que concluo esta breve mensagem: incluam-me em suas orações, para que
eu tenha saúde e força, e possa seguir nessa difícil jornada em busca dos meus
sonhos, em busca de um futuro melhor para todos nós.
■ Marcel Rodrigues Ferreira de Almeida (22), jornalista, responsável pelo Blog Marcel Rofeal e editor-chefe do Jornal Correio D’Oeste.
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