Na última sexta-feira (29), Prefeitura comunicou dispensa
de 11 jovens
Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito
Foto: Divulgação
A notícia da dispensa
de 11 jovens da Guarda Mirim de Ribeirão Bonito surpreendeu os moradores na
noite da última sexta-feira (29). De acordo com informações, a Prefeitura do
município, alegando falta de recursos, deve manter apenas três integrantes da
corporação. Segundo a Associação Ribeirão-bonitense de Educação e Assistência,
dificuldades financeiras ameaçam a manutenção dos serviços e a falta de apoio
do comércio local é o maior agravante da crise.
Há poucos meses, em
audiência pública na Câmara Municipal, o alerta sobre as dificuldades em torno
da Guarda Mirim haviam sido expostas pela diretora do Departamento Municipal de
Educação, Maria Terezinha Sartorelli Manieri. À época, ela já havia comentado
de que a maioria do efetivo da entidade era contratada pela Prefeitura, uma vez
que os comerciantes não estariam demonstrando mais interesse nos serviços
oferecidos. A informação foi confirmada neste fim de semana.
Representantes da
entidade, em contato com nossa reportagem, afirmaram que comerciantes e
empresários da cidade “fecharam as portas” para a Guarda Mirim e a Prefeitura,
que tem cumprido com o pagamento de uma subvenção mensal para a manutenção da
associação e dos serviços, não teria mais condições financeiras de arcar com o
pagamento dos salários para a maioria dos jovens que haviam sido contratados
pela municipalidade. Apenas três continuarão nas funções.
Foto: Marcel Rofeal/BMR
Pelas redes sociais,
centenas de moradores de Ribeirão Bonito se manifestaram em apoio à Guarda
Mirim e demonstraram indignação com a situação da entidade. Entre uma série de
críticas ao Poder Executivo pela dispensa de jovens, há quem não se esqueça do
papel do comércio no agravamento da situação. “A crise bateu, sim, mas os
lojistas deveriam se conscientizar, ajudar, porque só assim para a cidade
desenvolver melhor”, relatou um ex-Guarda Mirim.
Segundo ele, várias
empresas contratavam os serviços à época, o que já não é visto atualmente. “Por
que não dão mais oportunidades”, questionou o jovem. Já uma adolescente de 14
anos relatou a busca por uma oportunidade, negada por vários estabelecimentos. “Praticamente
fui em todas as lojas de comércio, pedi uma chance para trabalhar nessa função
de pagar contas [...] e não encontrei portas abertas para mim, todas fechadas
em questão de oportunidade”, contou.
“Então me pergunto: o
que a cidade pode esperar dos jovens até ter uma idade suficiente para
trabalhar? Apesar da minha idade, estou muito chateada, porque estou desde o
ano passado tentando arrumar um emprego e não consigo porque sou muito nova”,
completa a menor. Já uma professora questionou: “Mas o comércio tem colaborado
com sua parte na sociedade, tem contratado esses jovens da Guarda Mirim? Por
que cabe só ao Poder Público assumir isso?”.
Foto: Divulgação
Já com relação à Prefeitura, dezenas de moradores repudiam a opção de dispensar os jovens, mas manter os gastos com cargos de confiança. “Além dos cargos de confiança desnecessários, para que esses prédios alugados com um ou dois funcionários”, questiona uma moradora. “Tem que tirar esses cargos de confiança e deixar esse dinheiro para esses projetos... Gente, acorda, corta um pouco desses cargos aí na Prefeitura e investe mais nos projetos”, afirmou outra.
Já com relação à Prefeitura, dezenas de moradores repudiam a opção de dispensar os jovens, mas manter os gastos com cargos de confiança. “Além dos cargos de confiança desnecessários, para que esses prédios alugados com um ou dois funcionários”, questiona uma moradora. “Tem que tirar esses cargos de confiança e deixar esse dinheiro para esses projetos... Gente, acorda, corta um pouco desses cargos aí na Prefeitura e investe mais nos projetos”, afirmou outra.
O presidente da Guarda
Mirim, Luís Fernando Galhardo, também falou à reportagem do BMR sobre o caso. Segundo ele, a Prefeitura tem cumprido com o repasse da subvenção,
mas de fato teria alegado falta de recursos e dispensado alguns jovens
contratados. Galhardo afirmou que tem insistido na busca por apoio do comércio
local para a contratação dos jovens e faz um apelo aos comerciantes e
empresários para que ajudem a instituição e os jovens que dependem dela.
Guarda Mirim – Fundada
em 1993, a entidade foi responsável pela formação profissional e cidadã de mais
de 300 jovens de Ribeirão Bonito, inserindo-os no mercado de trabalho. Desde o
surgimento, a instituição é considerada a única iniciativa da Prefeitura que
deu certo no município. Sob os cuidados de um fundadores e instrutores Joel
Rodrigues, morto em 2013, a Guarda Mirim ainda se destacou por empenhar-se em
campanhas sociais e em mobilizações de utilidade pública.
Um comentário:
Infelizmente a nossa cidade esta ficando para trás,sempre com divida sempre com prejuízo esta dando ate vergonha de morar aqui, não tem mais nada e cada vez tiram mais o que vamos oferecer pros jovens de hoje nada.Precisava ter mais projetos lugares bonitos praças bem cuidadas.Nossa cidade era pra ser turística mais não sei o que fazem.se tirar essa oportunidade para os jovens vai sobrar o caminho das drogas Priscila Camilo
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