Nós estamos prontos a ajudar a Guarda Mirim, afirma o presidente da Associação Comercial de Ribeirão Bonito - Blog Marcel Rofeal

Breaking

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Nós estamos prontos a ajudar a Guarda Mirim, afirma o presidente da Associação Comercial de Ribeirão Bonito

Antonio Carlos Caregaro foi à Câmara apresentar a posição do comércio e garantiu que a categoria está disposta a procurar soluções 

Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito 

Fotos: Marcel Rofeal/BMR
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ribeirão Bonito, Antonio Carlos Caregaro, foi à tribuna da Câmara na noite da última segunda-feira (4) se pronunciar a respeito das dificuldades na Guarda Mirim “Joel Rodrigues”. Para o empresário, que justificou sua ausência em outras reuniões sobre o assunto, o comércio está disposto a somar nas discussões, sendo necessário achar soluções e não culpados pela crise. Cerca de 100 pessoas acompanharam a fala.

Caregaro subiu à tribuna ao término de uma sessão ordinária, na presença dos nove vereadores. De início, agradeceu à Casa pela receptividade e fez uma breve introdução ao assunto, mencionando sua passagem pelo Legislativo. “Minha presença aqui, hoje, é para somar em termo do assunto Guarda Mirim”, iniciou. “Não viemos enfrentar ninguém, desacatar ninguém, pelo contrário, nós viemos aqui para tentar esclarecer a posição do comércio”, esclareceu o empresário e ex-vereador.

Segundo ele, que citou a situação econômica do país, o município enfrenta uma “situação muito pior” há mais tempo em decorrência do corte nas safras de cana e de laranja, que diminuiu a presença de migrantes na cidade e, por consequência, reduziu o fluxo no comércio local. “Você põe mil pessoas ganhando em torno de R$ 1,5 mil, esse dinheiro não circula mais em Ribeirão Bonito. Ele era pulverizado no comércio local e grande parte fora do comércio local”, afirmou.

Nos últimos 12 meses, segundo Caregaro, o comércio perdeu 20% dos funcionários, mas mantém em torno de 650 pessoas empregadas em aproximadamente 180 empresas com CNPJ no município. “Se pôr 180 CNPJ, se tiver dez em cada um, na média, vai dar 1,8 mil pessoas que sobrevivem disso aí, é enorme. Dentro do município, quando fala em urbano, é o primeiro empregador”, disse. “Já estamos no limite, segurando os funcionários que estão empregados”, destacou.

Reconhecendo a importância do trabalho social da Guarda Mirim para a cidade, o empresário acredita que “o assunto, talvez, começou de maneira errada e seguiu assim por um bom tempo”, mas afirmou que “nenhum comércio aqui é contra” a entidade. Caregaro criticou a forma como a notícia correu pela cidade. “Essa foi a notícia errada, esse foi o xis da questão: ‘vão fechar a Guarda Mirim’. Então a notícia pegou errada, ela veio errada, nunca falaram isso”, esclareceu.

Ele justificou sua ausência em duas reuniões marcadas para discutir o assunto e afirmou que houve três reuniões entre os comerciantes para abordar a situação. Segundo ele, o comércio está disposto a somar nas discussões e até a propor ideias. “Uma das coisas que precisávamos discutir é o valor do Guarda Mirim”, disse. “A gente ouve falar: ‘o que é 400 reais para um empresário’; mas não é 400 reais, tem os encargos, tem tudo”, disse. “Por 4h, eles ganham 634 reais”, apontou.

“Nós vamos tentar achar a saída para isso”, disse o presidente da Acerb. “Esses meninos precisam de uma oportunidade, lógico que precisam, mas o momento não está deixando a oportunidade acontecer”, destacou. “Que fique claro, ninguém aqui foi ou vai ser contra, em hipótese nenhuma, ajudar a Guarda Mirim. Nós estamos prontos a ajudar ela”, seguiu. “Queremos também o Legislativo junto, o Executivo, a sociedade, e tentar achar uma saída, não o culpado”, concluiu.

Polêmica – Durante uma audiência pública realizada na Câmara, no último dia 15 de março, também para discutir a situação da Guarda Mirim, o vereador Dimas Tadeu Lima (PT) sugeriu uma campanha para que os moradores deixassem de fazer compras em estabelecimentos comerciais da cidade que não apoiassem a entidade. “Tem que mexer no bolso dessa gente”, disse o parlamentar. Ele chegou a cogitar a possibilidade de propor um projeto de lei nesse sentido.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ribeirão Bonito comentou a repercussão da declaração. “A gente ouviu falar que houve um barulho aqui dentro, que vereadores falaram de retaliação do comércio. Eu não posso acreditar que isso foi falado aqui. Eu não acredito nisso”, afirmou Carlos Caregaro. “Só posso pensar que foi palavra mal interpretada. Nossa turma, nosso pessoal de empresário, nós não vamos acreditar que isso saiu daqui de dentro”, completou.

Nenhum comentário:

Comments System

blogger

Disqus Shortname

msora