Reportagem exibida pela EPTV mostra que nada mudou após um ano
Marcel Rofeal, da Redação*
Foto: Felipe
Lazzarotto/EPTV
Já há seis anos que o BMR
acompanha e denuncia o estado de calamidade no qual se encontra o Cemitério de
Ribeirão Bonito. Construído há cerca de 120 anos na região atualmente conhecida
como Jardim Heliana II, o local nunca foi planejado. Segundo historiadores, a
instalação se deu às pressas devido à epidemia de Febre Amarela que provocou
centenas de mortes no município entre os anos de 1896 e 1898. Era urgente levar
o cemitério para um ponto mais afastado da cidade.
Com a desorganização
das construções, mais vísivel na região mais antiga do cemitério,
muitos túmulos ficam quase que inacessíveis, o que gera dificuldades durante
alguns sepultamentos. “Às vezes, a gente tem que fazer um sepultamento no meio
da quadra, tem que andar pulando por cima dos túmulos com caixão, com corpo,
com tudo, e é perigoso alguém se machucar. Não tem acesso, não tem pavimentação
boa para a gente andar”, disse à reportagem o coveiro Nelson Mussatti.
Túmulos antigos, sem
manutenção, começam a desmoronar. Outros, mais recentes, quebraram e os restos
mortais ficam expostos, como o BMR já mostrou. A falta de acessibilidade também
é uma das maiores queixas da população. Um carrinho, adquirido recentemente
para facilitar o transporte dos corpos, anda poucos metros, pois logo se depara
com escadarias ou não encontra passagem. Desde 2009, um projeto de reforma do
local está parado na Prefeitura de Ribeirão Bonito.
(*) Com informações do Portal G1 São Carlos e Araraquara
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