Por duas horas, então prefeito eleito de Ribeirão
Bonito respondeu todas as perguntas e explicou decisões consideradas
impopulares
Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito
Fotos: Marcel Rofeal/BMR
Em sua última
entrevista na condição de prefeito eleito de Ribeirão Bonito, Francisco José
Campaner (PSDB) conversou com o jornalista Pedro Sérgio Ronco, do Blog do
Ronco, no início da tarde do último sábado (31) em um programa especial
veiculado pela emissora comunitária Bom Jesus FM. Chiquinho respondeu a todas
as perguntas, entre assuntos pessoais e o que deve ser prioridade de sua gestão,
principalmente nos primeiros 100 dias de governo.
A princípio, Campaner revelou
que considera como grandes administradores de Ribeirão Bonito os ex-prefeitos
Juca de Moraes, Sylvio Gomes de Camargo, Eduardo Gobato e Felipe Mercúrio, mas
destacou a importância política do também ex-prefeito Luís Caron Celestino. Ele
comentou a nova composição do Legislativo. “Considero que Ribeirão Bonito
deu uma cartada violentissimamente certa escolhendo jovens, pessoas que tem
compromisso e pessoas de bem”, disse.
Disse também que irá
conciliar a vida de empresário às funções de prefeito. “Após os quatro anos, se
Deus assim me permitir administrar Ribeirão Bonito, eu volto para a minha
empresa, [vou] viver dela. Eu não faço da política um meio de sobrevivência”, afirmou.
Segundo Campaner, “depois das coisas encaminhadas”, ele estará na empresa
durante a manhã e dará expediente na Prefeitura ao longo do dia. Chiquinho
também deve despachar no Gabinete durante o período noturno.
Sobre suas virtudes,
afirmou acreditar naquilo que sonha e almeja, e que luta por seus ideais. Por
outro lado, reconheceu que a teimosia e as opiniões fortes são os principais
defeitos, juntamente ao fato de não ser hipócrita. Questionado sobre sua
equipe, disse que é formada por “bombeiros” e incendiários, mas que as decisões
são tomadas em consenso entre o grupo. Também anunciou nomes que devem compor a
administração e que os salários dos assessores será R$ 1,2 mil.
Como adiantou na
cerimônia de diplomação, em dezembro, disse que será necessário tomar “medidas
amargas”, entre elas a renegociação de contratos, cortes na
folha de pagamentos e dispensa de funcionários aposentados, aumento de tarifas,
como a da água – dos atuais R$ 12 para até R$ 30 – e correção do Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU) em 2018. Segundo ele, se espera uma redução
de 35% das despesas e o objetivo é buscar o aumento de receitas.
Falou ainda sobre temas
como Saúde, Educação, coleta de lixo, funcionalismo público, tratamento de esgoto,
terceirização de serviços e investimentos. Questionado sobre as dificuldades
dos primeiros 100 dias, disse que serão 365 dias vezes quatro de dificuldades. “Só
peço para a população compreender o seguinte, como diria aquele filme, meu nome
é Francisco, mas não é Francisco nem do Papa e nem de São Francisco. Não estou
em condições de fazer milagre”, disse.
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