Ação foi embasada em denúncia de sindicato dos
servidores municipais
Marcel Rofeal, da Redação
Foto: Arquivo/BMR
O Ministério Público do
Trabalho (MPT) da 15ª Região de Araraquara decidiu instaurar inquérito contra o
prefeito de Ribeirão Bonito, Francisco José Campaner (PSDB), sob a acusação de
assédio moral. A decisão foi anunciada na última segunda-feira (20) pela
procuradora do trabalho Lia Magnoler Guedes de Azevedo Rodriguez, com base em
denúncia oferecida pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e
Região, o Sismar, no último dia 26 de janeiro.
A acusação surgiu
depois que o prefeito Chiquinho Campaner teria invadido uma assembleia sindical
no Centro de Ribeirão Bonito e, segundo dirigentes do Sismar, ameaçado cerca de
20 servidores que estavam no local. O episódio foi registrado na noite de 23 de
janeiro na Praça da Matriz. “Um senhor grisalho chegou apontando o dedo na cara
dos servidores e, aos gritos, começou a dizer que quem fosse atrás do sindicato
iria se prejudicar e ficou gritando”, relatou um dos sindicalistas.
Marcelo dos Santos
Roldan, um dos diretores envolvidos na discussão com Campaner, registrou queixa
junto à Polícia Civil e, na época, relatou ter recebido mais de 20 queixas de
funcionários públicos por assédio, ameaças e humilhações, e anunciou que
levaria o caso ao conhecimento do Ministério Público e do Ministério Público do
Trabalho. Para juristas, a ação pode vir a causar prejuízos consideráveis aos
cofres públicos, pois o processo é contra o Município de Ribeirão
Bonito.
Chiquinho Campaner já é
alvo de inquérito civil no Ministério Público Estadual na Comarca de Ribeirão
Bonito sob a acusação de improbidade administrativa na contratação, em caráter
emergencial, de mais de 20 pessoas para a limpeza pública urbana. A ação foi
instaurada em 20 de fevereiro, quando ele autorizou o pagamento dos servidores.
O chefe do Executivo também é alvo de quatro denúncias que foram encaminhadas à
Câmara e podem resultar em comissões especiais.
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