Caravana do distrito ribeirão-bonitense participou de sessão da Câmara nesta segunda-feira e exigiu respeito dos parlamentares
Sob olhares atentos de eleitores, vereador João Victor manteve cabeça baixa aparentando constrangimento (Marcel Rofeal) |
No Plenário "Vereador Emygdio Lucato", cerca de 30 pessoas assistiram à sessão, mas a numerosa presença de moradores do distrito ganhou destaque. O principal assunto da noite era a leitura de dois relatórios de Comissões Especiais de Inquérito (CEI) que concluíram seus trabalhos e recomendam a abertura de duas Comissões Processantes (CP) contra o prefeito Francisco José Campaner (PSDB) por irregularidades no transporte escolar e no tratamento de água, mas diante da representatividade volumosa de Guarapiranga, que não era vista desde meados de 2010 na Casa, o foco mudou.
Durante o Tema Livre, vereadores direcionaram seus pronunciamentos aos moradores do distrito e, em sua maioria, foram confrontados. Em meio aos discursos, populares se manifestaram e disseram que Guarapiranga tem recebido apenas "migalhas" ou ainda "restos". O grupo tinha um alvo especial, o vereador João Victor Machado Borges (PSB), eleito para, em tese, representar o distrito. Durante toda a sessão, observado atentamente pelos moradores, o parlamentar evitou olhar para os eleitores e, na maior parte do tempo, se manteve de cabeça baixa, bebendo água e se distraindo no celular.
Quando decidiu se pronunciar, João Victor foi hostilizado e ironizado por parte dos moradores, e também confrontado. Outros vereadores, porém, também acabaram despertando reações insatisfeitas dos moradores e foram interpelados durante suas falas. Nelson de Souza (PSB) e Valdinei de Oliveira (DEM) foram questionados quando confirmaram, em outras palavras, que Guarapiranga não poderia receber benfeitorias uma vez que Ribeirão Bonito também está carente de investimentos. Após a sessão, populares do distrito deixaram o Legislativo ainda mais inconformados e prometendo voltar.
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