QUESTÃO DOS ASSENTAMENTOS CRIOU CRISE DIPLOMÁTICA ENTRE ESTADOS UNIDOS E ISRAEL
Novos confrontos explodiram nesta terça-feira (16) entre palestinos e policiais israelenses em Jerusalém Oriental, em um clima de crescentes tensões políticas e religiosas e de grave crise diplomática entre Israel e Estados Unidos provocada pela questão da expansão dos assentamentos.
Em Gaza, o movimento islâmico Hamas convocou a população para uma nova Intifada e, em Nova York, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um pedido de calma.
O enviado especial americano para o Oriente Médio, George Mitchel, adiou para o fim de março a visita prevista para esta terça-feira ao local, no momento em que as relações entre israelenses e americanos, dois aliados tradicionais, estão tensas devido à política de colonização israelense.
Em Jerusalém Oriental, 60 palestinos foram detidos e 14 policiais ficaram feridos durante combates na cidade sagrada, onde havia 3 mil policiais espalhados, declarou o porta-voz da policia, Micky Rosenfeld.
Além disso, 16 manifestantes foram hospitalizados, segundo o diretor de emergências do Crescente Vermelho palestino (a Cruz Vermelha nos países e territórios muçulmanos), Amin Abu Ghazali.
Agentes à paisana de unidades especiais da polícia, disfarçados de manifestantes palestinos, realizavam prisões.
À tarde, os incidentes já eram mais esparsos.
Os palestinos se manifestam pela "defesa de Jerusalém". Protestam, sobretudo, contra a inauguração da sinagoga da Hurva, reconstruída na Cidade Velha e considerada uma nova provocação.
A Organização da Conferência Islâmica (OCI) denunciou sua construção por considerar que está sendo feita em terrenos palestinos.
No campo de refugiados de Chufat e no bairro árabe de Isawiyé, os manifestantes, alguns mascarados, apedrejaram os policiais e guardas da fronteira, que responderam com bombas de efeito moral e balas de borracha.
Também houve enfrentamentos em Wadi Joz, outro bairro árabe da parte oriental de Jerusalém, anexada em 1967, assim como na Cidade Velha e em Qalandiya, principal passagem entre Jerusalém e Ramallah, sede da Autoridade Palestina. Na Cisjordânia, foram registrados incidentes em Hebron.
A polícia permanecerá em alerta até sexta-feira, afirmou seu inspetor-geral, Dudi Cohen, que não vê nos ataques uma "terceira Intifada", em referência às revoltas sangrentas do fim dos anos 1980 e início dos anos 2000.
A polícia israelense manteve nesta terça-feira a proibição de acesso à Esplanada das Mesquitas aos muçulmanos com menos de 50 anos, assim como a todos os visitantes não muçulmanos.
Em declarações à rede de televisão Al-Jazeera, Mussa Abu Marzuk, dirigente adjunto do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, convocou a população para uma nova "Intifada", que "deve se beneficiar da participação de toda a sociedade palestina".
Calcula-se que milhares de pessoas participaram do "Dia da Fúria" do Hamas.
Os novos conflitos em Jerusalém ocorrem em um momento em que o governo americano tenta reativar um processo de paz agonizante.
Na última semana, Washington conseguiu o aval dos palestinos para a retomada de negociações indiretas com Israel, mas que parecem estar fadadas ao fracasso, desde que Israel autorizou a construção de 1.600 casas em um bairro de Jerusalém Oriental.
A Autoridade Palestina advertiu que não voltará às negociações até que Israel congele as construções.
Do G1 - O Portal de Notícias da Globo
Novos confrontos explodiram nesta terça-feira (16) entre palestinos e policiais israelenses em Jerusalém Oriental, em um clima de crescentes tensões políticas e religiosas e de grave crise diplomática entre Israel e Estados Unidos provocada pela questão da expansão dos assentamentos.
Em Gaza, o movimento islâmico Hamas convocou a população para uma nova Intifada e, em Nova York, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um pedido de calma.
O enviado especial americano para o Oriente Médio, George Mitchel, adiou para o fim de março a visita prevista para esta terça-feira ao local, no momento em que as relações entre israelenses e americanos, dois aliados tradicionais, estão tensas devido à política de colonização israelense.
Em Jerusalém Oriental, 60 palestinos foram detidos e 14 policiais ficaram feridos durante combates na cidade sagrada, onde havia 3 mil policiais espalhados, declarou o porta-voz da policia, Micky Rosenfeld.
Além disso, 16 manifestantes foram hospitalizados, segundo o diretor de emergências do Crescente Vermelho palestino (a Cruz Vermelha nos países e territórios muçulmanos), Amin Abu Ghazali.
Agentes à paisana de unidades especiais da polícia, disfarçados de manifestantes palestinos, realizavam prisões.
À tarde, os incidentes já eram mais esparsos.
Os palestinos se manifestam pela "defesa de Jerusalém". Protestam, sobretudo, contra a inauguração da sinagoga da Hurva, reconstruída na Cidade Velha e considerada uma nova provocação.
A Organização da Conferência Islâmica (OCI) denunciou sua construção por considerar que está sendo feita em terrenos palestinos.
No campo de refugiados de Chufat e no bairro árabe de Isawiyé, os manifestantes, alguns mascarados, apedrejaram os policiais e guardas da fronteira, que responderam com bombas de efeito moral e balas de borracha.
Também houve enfrentamentos em Wadi Joz, outro bairro árabe da parte oriental de Jerusalém, anexada em 1967, assim como na Cidade Velha e em Qalandiya, principal passagem entre Jerusalém e Ramallah, sede da Autoridade Palestina. Na Cisjordânia, foram registrados incidentes em Hebron.
A polícia permanecerá em alerta até sexta-feira, afirmou seu inspetor-geral, Dudi Cohen, que não vê nos ataques uma "terceira Intifada", em referência às revoltas sangrentas do fim dos anos 1980 e início dos anos 2000.
A polícia israelense manteve nesta terça-feira a proibição de acesso à Esplanada das Mesquitas aos muçulmanos com menos de 50 anos, assim como a todos os visitantes não muçulmanos.
Em declarações à rede de televisão Al-Jazeera, Mussa Abu Marzuk, dirigente adjunto do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, convocou a população para uma nova "Intifada", que "deve se beneficiar da participação de toda a sociedade palestina".
Calcula-se que milhares de pessoas participaram do "Dia da Fúria" do Hamas.
Os novos conflitos em Jerusalém ocorrem em um momento em que o governo americano tenta reativar um processo de paz agonizante.
Na última semana, Washington conseguiu o aval dos palestinos para a retomada de negociações indiretas com Israel, mas que parecem estar fadadas ao fracasso, desde que Israel autorizou a construção de 1.600 casas em um bairro de Jerusalém Oriental.
A Autoridade Palestina advertiu que não voltará às negociações até que Israel congele as construções.
Do G1 - O Portal de Notícias da Globo
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