Internacional: Embaixador brasileiro diz que ataque norte-coreano não está comprovado - Blog Marcel Rofeal

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Internacional: Embaixador brasileiro diz que ataque norte-coreano não está comprovado

Para o diplomata, sanções da ONU atingiriam ainda mais a população, já empobrecida

Da Agência Reuters

Foto: Reuters
O embaixador brasileiro na Coreia do Norte, Arnaldo Carrilho, disse nesta segunda-feira (21) que a tensão na região piorou depois do suposto ataque a uma embarcação sul-coreana. O diplomata disse que ainda não há provas.

Carrilho chama atenção para o isolamento da Coreia do Norte pela comunidade internacional.

- Com a Coreia do Norte, o diálogo [internacional] está suspenso desde o ano passado, e a tensão na região aumentou depois dos testes de mísseis, em 2006 e 2009, e de uma investigação internacional que deu indícios de que um torpedo da Coreia do Norte foi o responsável pelo naufrágio de um navio da Marinha sul-coreana em março deste ano, matando 46 marinheiros a bordo.

A disputa foi parar na Organização das Nações Unidas (ONU). Seul pediu aos 15 membros do Conselho de Segurança que agissem para evitar uma "provocação maior", enquanto o embaixador norte-coreano na entidade alertou para uma eventual resposta militar.

Com 48 anos de diplomacia e 71 de idade, Carrilho já representou o Brasil em 14 países e participou de missões não menos conflituosas, como na Cisjordânia, Argélia, Líbano, China, Arábia Saudita e a antiga Alemanha Oriental.

Para ele, se o Conselho de Segurança aceitar a tese sul-coreana de que o Norte afundou sua embarcação, o ímpeto do "alarme de guerra" em que se encontra a Península da Coreia aumentará.

Isso porque os dois países permanecem tecnicamente em guerra desde 1953, quando uma trégua informal pôs fim à Guerra da Coreia (1950-1953), que tirou a vida de quase três milhões de pessoas.

- Não se comprovou ainda se a corveta Cheonan foi partida e afundada por torpedo, muito menos lançado por submarino do Norte. Há suspeitas generalizadas que não.

Uma nova condenação da ONU, seja retórica, militar ou econômica atingiria ainda mais os 23 milhões de habitantes do empobrecido país, que também já não conta com a ajuda financeira outrora vinda do vizinho do Sul.

No ano passado, o Produto Interno Bruto do país comunista atingiu R$ 70 bilhões (US$ 40 bilhões), enquanto a Coreia do Sul registrou R$ 2,3 trilhões (US$ 1,33 trilhão), segundo uma publicação da Central de Inteligência dos Estados Unidos.

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