O Delegado convidou produtores da Rede Globo a gravarem ação
Samanta Dias, eBand
O Ministério Público Federal apresentou nesta sexta-feira à 7ª Vara Federal de São Paulo a fase final do processo aberto sobre a conduta do delegado Protógenes Queiroz à frente da operação Satiagraha. Os procuradores responsáveis pelo caso pediram a condenação do delegado pelos crimes de vazamento de informações para a Rede Globo e fraude processual.
Para o MPF, a investigação provou que Protógenes Queiroz e o escrivão Amadeu Bellomusto vazaram informações sigilosas do inquérito da Satiagraha ao convidarem os produtores da Rede Globo Robinson Cerântula e William Santos a gravarem a ação que culminou na prisão do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, do banqueiro Daniel Dantas e de Naji Nahas, em 2008.
O MPF também cita no processo a gravação na qual Humberto Braz ofereceria suborno ao delegado Victor Hugo.
"A equipe de inteligência da Polícia Federal não tinha os equipamentos necessários para a filmagem e, então, foi feito o contato com os produtores da Globo, que gravaram as imagens do encontro, cujo áudio foi gravado pelo delegado", informa a MPF, em nota.
O órgão também afirma que a gravação não causou danos à investigação, já que a emissora só divulgou as imagens após deflagração da operação.
Sobre a acusação de fraude processual, o MP argumenta que Protógenes determinou que Bellomusto editasse trechos das imagens feitas pelos profissionais da Rede Globo para omitir do juiz a informação de que produtores da emissora haviam gravado a ação da PF.
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