Pontífice afirmou que os bispos "são conscientes de que não devem entrar no debate político"
Da Ansa Latina
O papa Bento XVI declarou nesta sexta-feira, dia 22, que os religiosos devem se abster de interferir na política, mas defendeu a atuação da Igreja para servir "à promoção integral do homem", ao receber os novos embaixadores do Equador e de Portugal junto à Santa Sé.
Na apresentação das credenciais do equatoriano Luis Dositeo Latorre Tapia, o Pontífice afirmou que os bispos "são conscientes de que não devem entrar no debate político, propondo soluções concretas ou impondo o próprio comportamento".
"Mas não podem permanecer neutros diante dos grandes problemas ou das aspirações do ser humano, nem permanecer indiferentes quando é o momento de lutar pela justiça", assinalou o chefe de Estado do Vaticano.
Já ao português Manuel Tomás Fernandes Pereira, Bento XVI garantiu que a Santa Sé coloca "todo seu empenho para servir à causa da promoção integral do homem e das pessoas".
Falando a respeito da área de responsabilidade específica do Estado, o Papa apontou que "a Igreja encoraja os cristãos a assumirem plenamente suas responsabilidades como cidadãos para contribuir eficazmente, junto com os outros, para o bem comum e às grandes causas do homem".
"De uma respeitosa colaboração e uma leal compreensão entre Igreja e poder civil podem derivar só benefícios para a sociedade portuguesa", continuou ele.
A política vem sendo um tema frequente nos pronunciamentos de Bento XVI. No último domingo, durante o Angelus, ele afirmou que a busca pelo "bem comum" deve ser "a referência segura" dos compromissos na sociedade e nas ações públicas.
Na semana anterior, em uma mensagem pelo início da Semana Social dos Católicos Italianos, o Papa renovou o "apelo para que surja uma nova geração de católicos, pessoas interiormente renovadas que se comprometam na atividade política sem complexos de inferioridade".
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