Mais de 100 disparos foram feitos. Um tiro acertou a perna de um tenente e outro atingiu o braço de um soldado
Agência Estado
Três policiais militares sofreram um atentado com cerca de cem disparos de armas de fogo na manhã desta sexta-feira no distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá (SP). Dois policiais foram atingidos de raspão e passam bem, o terceiro saiu ileso. Por enquanto, ninguém foi preso. Um pelotão do batalhão de choque da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) foi deslocado de São Paulo para reforçar a segurança no Guarujá.
O crime aconteceu por volta das 6 horas da manhã no bairro do Pae Cara, próximo à residência de um dos policiais. Os três homens, sendo um tenente e dois soldados, estavam deixando o serviço quando foram surpreendidos por pelo menos seis indivíduos que efetuaram vários disparos contra o trio, que revidou. Um dos disparos acertou a perna do tenente e outro tiro atingiu o braço de um dos soldados. O terceiro soldado socorreu os colegas e os levou até o Hospital Santo Amaro, onde eles foram atendidos e receberam alta no final do dia.
De acordo com o investigador chefe do 2º Distrito Policial do Guarujá, Carlos Alberto Guimarães, os disparos foram feitos com armas de diferentes calibres. "Foram mais de cem disparos de fuzil, de 45, de 13 e de 380, mas uns seis ou sete tiros acertaram a viatura da polícia, um disparo pegou uma kombi e outro um caminhão que estavam na rua", disse, explicando que a Polícia Civil está realizando diligências para colher mais informações, mas que não há testemunhas do crime.
Guimarães afirma ainda que a Polícia Civil acredita que o crime foi um fato isolado e que não tem semelhança com a série de atentados que aconteceram em abril do ano passado no Guarujá, quando seis pessoas foram assassinadas em menos de uma semana em Vicente de Carvalho.
Cerca de duas horas após o atentado, a Polícia Militar localizou no bairro Vila Edna, também no Guarujá, os dois veículos que teriam sido utilizados no crime: um corola preto e polo prata, ambos com placas frias e roubados. Não havia marca de tiros ou sangue nos veículos, o que indica que os criminosos não foram atingidos pelos policiais.
O comandante interino do 21º Batalhão, José Messina Filho, afirma que a Polícia Militar trabalha com a possibilidade de o crime ser uma represália contra um dos policiais, mas não pode confirmar com certeza a informação. "Foi uma ocorrência forte, com armas de forte calibre e em horário incomum, uma ação grave contra uma guarnição da Polícia Militar e estamos trabalhando com essa situação. A gente tem informações que poderia ser uma represália, mas não é uma confirmação, várias informações estão chegando a todo momento pelo disque denúncia", disse o major, afirmando que não há necessidade de se criar "um temor maior".
"O resto do dia foi tranquilo e eu acho que não tem vínculo com o que ocorreu no ano passado, mas vamos reforçar novamente o policiamento. Estou alterando as escalas da Força Tática e do pessoal e um pelotão da Rota chega hoje a partir das 21 horas", informou o comandante.
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