Matéria provocou discussões acaloradas dentro e
fora do Legislativo
Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito
Fotos: Marcel
Rofeal/BMR
Ânimos exaltados e muito
bate-boca dentro e fora da Câmara marcaram a noite desta segunda-feira (22) em
Ribeirão Bonito. O parlamento se reuniu em caráter extraordinário para o início
da votação de dois projetos encaminhados pelo Executivo sobre criação de cargos
de professores e de cuidadores escolares que gerou polêmica entre pais de
alunos portadores de necessidades especiais. A sessão foi encerrada após cerca de
uma hora e surpreendeu os espectadores.
Cerca de 30 pessoas,
entre pais de alunos com deficiência e profissionais da Educação, participaram
da sessão, dividida em duas partes. Na primeira, como prevê o Regimento
Interno, os pareceres das comissões permanentes da Casa e as emendas
modificativas acerca das duas matérias foram lidos e colocados em votação, que
foi interrompida a pedido do vereador Joseilton de Jesus (PSDB). Ele pediu uma reunião com os pares antes da apreciação dos projetos em si.
Os vereadores
seguiram para a Sala da Presidência, onde discutiram as matérias por 15
minutos. Enquanto isso, nos corredores da Casa, pais e professores se
envolveram em discussões acaloradas sobre o projeto de lei complementar
014/2015, que prevê a criação de nove cargos de Cuidador Escolar. De volta ao
plenário, com duas abstenções e três votos contrários, o PLC 014 foi rejeitado
e o PLC 015/2015, sobre 21 cargos e vagas no magistério, foi aprovado por
unanimidade.
Durante a discussão
das matérias em plenário, um dos pais se manifestou, mas o presidente da Casa
Marcelo Antonio Lollato (PMDB) o interrompeu e o impediu de falar, como prevê o
Regimento Interno. Após as votações, Lollato encerrou a sessão, mas deixou
aberta a possibilidade de uma nova reunião extraordinária logo em seguida para
a segunda votação dos projetos. Antes, porém, ele se reuniu com os demais
parlamentares para a deliberação na Sala da Presidência.
Poucos minutos
depois, o presidente do Legislativo deixou a Câmara. “Pronto! Agora não vão ter
nem cuidador, nem professor. Não era isso que queriam?”, disse exaltado. Lollato
e outros parlamentares já haviam deixado a Casa, mas espectadores permaneciam
no plenário a espera de informações sobre a segunda análise das matérias, que
deve ocorrer em data ainda não definida, e só foram avisados de que não haveria
mais sessão nesta noite pelos funcionários da Câmara.
Já fora do prédio, o
clima voltou a esquentar. Um dos pais e uma professora entraram em confronto
direto sobre o papel dos cuidadores e os supostos prejuízos aos alunos com
necessidades especiais. A discussão na parte externa da Casa se estendeu por
mais de uma hora e contou com a participação da diretora do Departamento de
Educação, Maria Terezinha Sartorelli Manieri, e do vereador Luís Marcelino dos
Santos Pallone (PSB), que explicou seu voto favorável ao projeto.
Votação – A expectativa
é que a segunda votação ocorra antes do recesso, que começa na próxima
quarta-feira (1). Votaram a favor do PLC 014 os vereadores Dimas Tadeu Lima
(PT), Luís Marcelino dos Santos Pallone (PSB), Marcelo Antonio Lollato (PMDB) e
Renata Mesquita Magalhães (PSD). José Sebastião Baldan (PMDB) e Regivaldo
Rodrigues da Silva (PSDB) se abstiveram. Joseilton de Jesus (PSDB), Manoelito
da Silva Gomes (DEM) e Pedro Maia Almeida (PSDB) votaram contra.
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