Em 1° turno, Câmara rejeita cargos de cuidadores escolares - Blog Marcel Rofeal

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terça-feira, 23 de junho de 2015

Em 1° turno, Câmara rejeita cargos de cuidadores escolares

Matéria provocou discussões acaloradas dentro e fora do Legislativo 

Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito 

Fotos: Marcel Rofeal/BMR
Ânimos exaltados e muito bate-boca dentro e fora da Câmara marcaram a noite desta segunda-feira (22) em Ribeirão Bonito. O parlamento se reuniu em caráter extraordinário para o início da votação de dois projetos encaminhados pelo Executivo sobre criação de cargos de professores e de cuidadores escolares que gerou polêmica entre pais de alunos portadores de necessidades especiais. A sessão foi encerrada após cerca de uma hora e surpreendeu os espectadores.

Cerca de 30 pessoas, entre pais de alunos com deficiência e profissionais da Educação, participaram da sessão, dividida em duas partes. Na primeira, como prevê o Regimento Interno, os pareceres das comissões permanentes da Casa e as emendas modificativas acerca das duas matérias foram lidos e colocados em votação, que foi interrompida a pedido do vereador Joseilton de Jesus (PSDB). Ele pediu uma reunião com os pares antes da apreciação dos projetos em si.

Os vereadores seguiram para a Sala da Presidência, onde discutiram as matérias por 15 minutos. Enquanto isso, nos corredores da Casa, pais e professores se envolveram em discussões acaloradas sobre o projeto de lei complementar 014/2015, que prevê a criação de nove cargos de Cuidador Escolar. De volta ao plenário, com duas abstenções e três votos contrários, o PLC 014 foi rejeitado e o PLC 015/2015, sobre 21 cargos e vagas no magistério, foi aprovado por unanimidade.

Durante a discussão das matérias em plenário, um dos pais se manifestou, mas o presidente da Casa Marcelo Antonio Lollato (PMDB) o interrompeu e o impediu de falar, como prevê o Regimento Interno. Após as votações, Lollato encerrou a sessão, mas deixou aberta a possibilidade de uma nova reunião extraordinária logo em seguida para a segunda votação dos projetos. Antes, porém, ele se reuniu com os demais parlamentares para a deliberação na Sala da Presidência.

Poucos minutos depois, o presidente do Legislativo deixou a Câmara. “Pronto! Agora não vão ter nem cuidador, nem professor. Não era isso que queriam?”, disse exaltado. Lollato e outros parlamentares já haviam deixado a Casa, mas espectadores permaneciam no plenário a espera de informações sobre a segunda análise das matérias, que deve ocorrer em data ainda não definida, e só foram avisados de que não haveria mais sessão nesta noite pelos funcionários da Câmara.

Já fora do prédio, o clima voltou a esquentar. Um dos pais e uma professora entraram em confronto direto sobre o papel dos cuidadores e os supostos prejuízos aos alunos com necessidades especiais. A discussão na parte externa da Casa se estendeu por mais de uma hora e contou com a participação da diretora do Departamento de Educação, Maria Terezinha Sartorelli Manieri, e do vereador Luís Marcelino dos Santos Pallone (PSB), que explicou seu voto favorável ao projeto.

Votação – A expectativa é que a segunda votação ocorra antes do recesso, que começa na próxima quarta-feira (1). Votaram a favor do PLC 014 os vereadores Dimas Tadeu Lima (PT), Luís Marcelino dos Santos Pallone (PSB), Marcelo Antonio Lollato (PMDB) e Renata Mesquita Magalhães (PSD). José Sebastião Baldan (PMDB) e Regivaldo Rodrigues da Silva (PSDB) se abstiveram. Joseilton de Jesus (PSDB), Manoelito da Silva Gomes (DEM) e Pedro Maia Almeida (PSDB) votaram contra.

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