Marcel Rofeal, da Redação
Tenho sido abordado por uma série de moradores e questionado sobre a situação política local e os prováveis candidatos a prefeito de Ribeirão Bonito no próximo ano. Após muito refletir, eu cheguei a uma conclusão que, do fundo do coração, tem me angustiado demasiadamente. A pouco menos de um ano para as próximas eleições, creio que, confirmados os nomes que se cogitam à disputa pelo Executivo, a melhor solução seria devolver as terras para os Alves Costa e pedir perdão.
Não há, até o presente momento, qualquer opção para os eleitores ribeirão-bonitenses. Ainda temos tempo, sim, todavia, analisando profundamente o cenário político, não há nomes fortes para essa disputa e, ousado, diria até que já temos um candidato eleito, ainda que a vontade da população seja o contrário. Posso afirmar categoricamente que se o pleito fora realizado nesse momento, no contraste atual, a decisão seria por completa falta de alternativas.
A falta de formação política em uma geração como a atual é totalmente prejudicial ao futuro de nossa cidade que, otimista, acredito que possa progredir, mesmo diante do total descaso com o qual é tratado por autoridades que, com a confiança da população, foram eleitas para, por decepção, manter institucionalizada uma equipe incompetente, despreparada e fracassada que reflete à imagem da própria administração.
O perfil de Ribeirão Bonito, as condições de sua população ou a falta delas, a situação crítica em que nos encontramos, entre outros, exigem uma postura firme, ética, coerente, voltada à realidade da comunidade. Nosso povo não pode, não deve e não quer mais pessoas covardes, amedrontadas, sem qualquer pulso, capacidade e preparo, sem vontade própria e equilíbrio para comandar os destinos de mais de 12 mil pessoas por quatro anos. Infelizmente não temos ninguém, nesse momento, que se encaixe em todos os requisitos ou, ao menos, na maior parte deles.
Todavia, um Município não é comandado apenas e tão somente pelo Executivo, como poder soberano. Também ao Legislativo, poder de semelhante importância, falta candidatos que se apresentem preparados, capacitados, realmente engajados à causa, ao desejo de atuar em prol da sociedade e em sua defesa, visando o bem coletivo e não pessoal. Ainda que venha a surgir, forças ocultas se apoderam dos mais variados e desiguais recursos, posso classifica-los até como irregulares e ilegais, para vencer, custe o que custar, uma disputa. Vimos isso, aos montes, nas últimas eleições; não é exclusividade de Ribeirão Bonito.
Muito se pede renovação política, porém são poucos os que apostam nela realmente. Muito se fala em dar oportunidades aos jovens, pessoas com ideias novas, que possam dar “gás” e levar dinamismo à política, porém as portas se fecham tão rapidamente que acaba desestimulando a participação. Os velhos lobos e raposas que predominam o cenário político, local e global, são os maiores beneficiados desse sistema coronelista de sucessões definidas com décadas de antecedência.
Vimos pelo próprio resultado do pleito de 2012, na minha visão, um dos que mais contou com a participação ativa de jovens militantes e jovens candidatos na história de nossa cidade. Por acaso algum jovem teve a oportunidade de mostrar seu trabalho no Executivo ou Legislativo? A resposta é simples e lamentável. Nem como postulantes de cargos eletivos, nem como assessores aprendizes do funcionamento dos órgãos públicos, o que proporcionaria a formação de futuros líderes políticos. Nossos jovens foram esquecidos e praticamente enxotados de nosso convívio, pois são obrigados a sair do município diariamente em busca de estudos e trabalho.
Precisamos, com urgência, encontrar novas lideranças, engajadas, desprendidas e honestas para o futuro político de Ribeirão Bonito. As futuras gerações de autoridades, hoje crianças e adolescentes, clamam a nós que tomemos atitudes rapidamente para garantir cada vez mais oportunidades a eles. Temos a obrigação de ajuda-los em sua formação para que venham a se tornar nossos sucessores logo ali à frente. Temos o dever social de ajuda-los e prepara-los, mas fundamentalmente temos a obrigação de ouvi-los, representa-los, e depositar neles nosso voto de confiança, dando a eles a oportunidade que tanto precisam para mostrar seu potencial.
Caso contrário, mantendo nosso foco voltado ao nosso próprio umbigo, aliás, mantendo nosso interesse pessoal acima de qualquer necessidade da sociedade, priorizando nossos bolsos ao invés do bem comum, nosso destino também já está traçado. Podemos, já diria um bordão muito usado recentemente, fechar as porteiras de Ribeirão Bonito e devolver nossas terras a Brotas.
■ Marcel Rodrigues Ferreira de Almeida (21), jornalista, responsável pelo Blog Marcel Rofeal e editor-chefe do Jornal Correio D’Oeste.
Tenho sido abordado por uma série de moradores e questionado sobre a situação política local e os prováveis candidatos a prefeito de Ribeirão Bonito no próximo ano. Após muito refletir, eu cheguei a uma conclusão que, do fundo do coração, tem me angustiado demasiadamente. A pouco menos de um ano para as próximas eleições, creio que, confirmados os nomes que se cogitam à disputa pelo Executivo, a melhor solução seria devolver as terras para os Alves Costa e pedir perdão.Não há, até o presente momento, qualquer opção para os eleitores ribeirão-bonitenses. Ainda temos tempo, sim, todavia, analisando profundamente o cenário político, não há nomes fortes para essa disputa e, ousado, diria até que já temos um candidato eleito, ainda que a vontade da população seja o contrário. Posso afirmar categoricamente que se o pleito fora realizado nesse momento, no contraste atual, a decisão seria por completa falta de alternativas.
A falta de formação política em uma geração como a atual é totalmente prejudicial ao futuro de nossa cidade que, otimista, acredito que possa progredir, mesmo diante do total descaso com o qual é tratado por autoridades que, com a confiança da população, foram eleitas para, por decepção, manter institucionalizada uma equipe incompetente, despreparada e fracassada que reflete à imagem da própria administração.
O perfil de Ribeirão Bonito, as condições de sua população ou a falta delas, a situação crítica em que nos encontramos, entre outros, exigem uma postura firme, ética, coerente, voltada à realidade da comunidade. Nosso povo não pode, não deve e não quer mais pessoas covardes, amedrontadas, sem qualquer pulso, capacidade e preparo, sem vontade própria e equilíbrio para comandar os destinos de mais de 12 mil pessoas por quatro anos. Infelizmente não temos ninguém, nesse momento, que se encaixe em todos os requisitos ou, ao menos, na maior parte deles.
Todavia, um Município não é comandado apenas e tão somente pelo Executivo, como poder soberano. Também ao Legislativo, poder de semelhante importância, falta candidatos que se apresentem preparados, capacitados, realmente engajados à causa, ao desejo de atuar em prol da sociedade e em sua defesa, visando o bem coletivo e não pessoal. Ainda que venha a surgir, forças ocultas se apoderam dos mais variados e desiguais recursos, posso classifica-los até como irregulares e ilegais, para vencer, custe o que custar, uma disputa. Vimos isso, aos montes, nas últimas eleições; não é exclusividade de Ribeirão Bonito.
Muito se pede renovação política, porém são poucos os que apostam nela realmente. Muito se fala em dar oportunidades aos jovens, pessoas com ideias novas, que possam dar “gás” e levar dinamismo à política, porém as portas se fecham tão rapidamente que acaba desestimulando a participação. Os velhos lobos e raposas que predominam o cenário político, local e global, são os maiores beneficiados desse sistema coronelista de sucessões definidas com décadas de antecedência.
Vimos pelo próprio resultado do pleito de 2012, na minha visão, um dos que mais contou com a participação ativa de jovens militantes e jovens candidatos na história de nossa cidade. Por acaso algum jovem teve a oportunidade de mostrar seu trabalho no Executivo ou Legislativo? A resposta é simples e lamentável. Nem como postulantes de cargos eletivos, nem como assessores aprendizes do funcionamento dos órgãos públicos, o que proporcionaria a formação de futuros líderes políticos. Nossos jovens foram esquecidos e praticamente enxotados de nosso convívio, pois são obrigados a sair do município diariamente em busca de estudos e trabalho.
Precisamos, com urgência, encontrar novas lideranças, engajadas, desprendidas e honestas para o futuro político de Ribeirão Bonito. As futuras gerações de autoridades, hoje crianças e adolescentes, clamam a nós que tomemos atitudes rapidamente para garantir cada vez mais oportunidades a eles. Temos a obrigação de ajuda-los em sua formação para que venham a se tornar nossos sucessores logo ali à frente. Temos o dever social de ajuda-los e prepara-los, mas fundamentalmente temos a obrigação de ouvi-los, representa-los, e depositar neles nosso voto de confiança, dando a eles a oportunidade que tanto precisam para mostrar seu potencial.
Caso contrário, mantendo nosso foco voltado ao nosso próprio umbigo, aliás, mantendo nosso interesse pessoal acima de qualquer necessidade da sociedade, priorizando nossos bolsos ao invés do bem comum, nosso destino também já está traçado. Podemos, já diria um bordão muito usado recentemente, fechar as porteiras de Ribeirão Bonito e devolver nossas terras a Brotas.
■ Marcel Rodrigues Ferreira de Almeida (21), jornalista, responsável pelo Blog Marcel Rofeal e editor-chefe do Jornal Correio D’Oeste.
Um comentário:
Marcel, como assíduo leitor do seu blog e morador de Ribeirão Bonito desde que nasci, me permita discordar de você em dois pontos: Primeiro, existem candidatos bem preparados e prontos para fazer a limpeza que a cidade precisa, apesar de vermos um ex-prefeito e o autoritário e destemperado, além de ter sido o gerente responsável por ditar os rumos que essa fracassada gestão da prefeitura tomou, presidente da Câmara atual também se apresentando como candidatos. Abandonar a cidade é atitude de fracos, lutar e conscientizar a população, é claro apresentando um projeto que contemple aquilo que o povo quer e a cidade precisa é que é necessário! Sobre os jovens não terem oportunidade na política, eu discordo e sou o maior exemplo disso, não tem oportunidade com essa gente que ai está! Eu militei no PSDB desde sempre, mas só me filiei em 2013, em pouco tempo tive oportunidade e portas abertas no governo do Estado e no Congresso Nacional, assumi a presidência no partido no fim de 2014 e mais importante, estive ao lado do povo, sendo oposição a este governo fracassado e a este grupo incompetente que há mais de vinte anos administra a prefeitura. Tive todas as oportunidade de aprender e evoluir no campo político, afinal, jamais esperei por algo deste grupo e busquei meu espaço com pernas próprias. Não podemos jamais desistir de Ribeirão e Guarapiranga, ainda mais vendo que além do ex-prefeito, mais um lobo se prepara para tentar abocanhar a prefeitura!
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