Na Missa, sacerdote ainda criticou falta de
compromisso de autoridades
Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito
Foto: Marcel Rofeal/BMR
O religioso abordava as
tentações a que Jesus foi posto à prova pelo diabo durante quarenta dias de
peregrinação pelo deserto, comentando o Evangelho próprio do dia, e destacou
duas das tentações que podem ser aplicadas à realidade local. Para o sacerdote,
alguns empresários e comerciantes da cidade se preocupam apenas em ter mais
dinheiro e não pensam em partilhar com quem precisa, e os políticos estariam
interessados cada vez mais no poder, mas sem servir ao povo.
Para o padre, a crise
deflagrada na Guarda Mirim seria uma soma desses dois pontos. Ainda durante sua
mensagem, o presbítero alertou sobre o risco de fechamento da entidade e pediu
que o comércio, mesmo diante da crise econômica, faça um esforço para ajudar a
instituição. Já aos políticos, também destacou o período eleitoral, que se
aproxima, e questionou sobre candidatos que realmente estariam preocupados em servir
ao povo, e não apenas em conquistar o poder pelo poder.
Ao recordar um dos
fundadores e instrutor da Guarda Mirim Joel Rodrigues, morto em 2013, o padre
chegou a se emocionar. Usando uma expressão popular, o sacerdote chegou a dizer
que diante das dificuldades atuais, o ex-monitor da Guarda Mirim estaria “se
revirando no túmulo”, mas logo se corrigiu. “O ‘Seu’ Joel, vendo o que está
acontecendo aqui, deve estar chorando no céu”, afirmou. “Essa semana será
decisiva para a Guarda Mirim”, destacou o religioso.
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