No total, foram avaliados 623 municípios do
interior paulista; Programa analisa relatórios emitidos pelas prefeituras sobre
ações ambientais
Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito
Fotos: Arquivo/BMR
Dez dias após uma série
de denúncias de moradores de Ribeirão Bonito repercutirem por meio de redes
sociais sobre o descarte irregular de lixo e entulho em áreas verdes da cidade,
a Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Governo de São Paulo classificou o
município como um dos piores em gestão ambiental. Com nota negativa, Ribeirão Bonito
ficou com a 603ª posição entre 623 cidades no Ranking Ambiental Paulista 2016,
divulgado na tarde da última quinta-feira (8).
Responsável pela
geração do ranking anualmente desde 2007, o Programa Município Verde Azul
avalia municípios que se proponham voluntariamente a participar, enviando
relatórios com ações ambientais desenvolvidas em cada cidade. Neste ano, o
município de Novo Horizonte recebeu o título de melhor gestão ambiental do
Estado de São Paulo, pelo segundo ano consecutivo, com a nota 98,69. A cidade
recebeu nota máxima em sete das 10 diretivas consideradas pela avaliação.
São 10 itens avaliados:
esgoto tratado, resíduos sólidos, biodiversidade, arborização urbana, educação
ambiental, município sustentável, gestão das águas, qualidade do ar, estrutura
ambiental e conselho ambiental. Sem investimentos e com problemas em praticamente
todos os pontos de classificação, o município de Ribeirão Bonito está entre as
25 cidades com notas negativas: -0,19. A cidade ficou à frente de
outras 20, entre elas Gavião Peixoto e Américo Brasiliense.
Uma das questões
avaliadas é também um dos maiores prejuízos financeiros em Ribeirão Bonito. Há
ao menos seis anos o município aguarda a construção da Estação de Tratamento de
Esgoto, cuja obra já recebeu um investimento superior a R$ 7 milhões do Governo
Estadual. As obras estão paralisadas há cerca de três anos, sem previsão
para serem retomadas. No local que deve abrigar a ETE, equipamentos foram
furtados e a estrutura está bastante deteriorada.
A coleta e o depósito
dos resíduos sólidos são outro ponto negativo no município. Desde 2013, o
aterro sanitário da cidade está com sua capacitada esgotada, de acordo com a
Prefeitura, e a alternativa da administração foi encaminhar o material para
cidades vizinhas. Segundo o Executivo, foi cogitada a intenção de desapropriar uma área considerável para a ampliação do aterro. A arborização
urbana também é motivo de queixas, seja quanto ao plantio ou à retirada de
árvores.
O único ponto positivo
era com relação à educação ambiental, onde um projeto era desenvolvido. Em
2013, o Programa “Ribeirão Verdinho” foi criado como contrapartida do município
para a preservação ambiental e cursos de produção, manuseio e cultivo de mudas,
frutas e hortaliças, mas a iniciativa foi abandonada pela Prefeitura. A gestão
de águas é considerada crítica, com cortes frequentes no abastecimento e qualidade da água que chega às residências questionada.
Um comentário:
Dá pra melhorar isto. Recomeçar com novos propósitos, prestando mais atenção na natureza, a respeitando e utilizando da tecnologia para o asseio e organização higiênica da cidade, para um crescimento saudável em qualidade.
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