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quarta-feira, 13 de março de 2019

Editorial | Chiquinho Campaner jamais ficará impune

Marcel Rofeal
Marcel Rodrigues Ferreira de Almeida, 25, jornalista, ativista político e graduando em Sociologia.

Há cerca de 40 (quarenta) anos, quatro décadas, quase meio século, meu pai foi admitido ao quadro de servidores da Prefeitura Municipal de Ribeirão Bonito, onde meu avô, seu pai, também trabalhou por anos. Meu pai sempre desempenhou a função de motorista, seja do caminhão da coleta de lixo, seja de ambulância, seja do veículo oficial do prefeito, seja do circular urbano, mas há décadas está na área da Educação, conduzindo alunos da rede pública.

Sempre o acompanhei em suas linhas, por entre estradas rurais de difícil acesso, na penumbra das madrugadas, sob neblinas de invernos rigorosos. Desde muito cedo, vejo meu pai acordando ainda na escuridão, por volta das quatro ou cinco horas da manhã, para iniciar sua rotina que se estende até por volta de onze da noite ou meia-noite. Não são raras as vezes em que ele passou por nossa casa para o almoço ou para o jantar passando mal, com fortes dores, mas nunca deixou de trabalhar.

Tenho absoluta convicção que um dos profissionais mais conhecidos, respeitados e admirados da Prefeitura de Ribeirão Bonito é o Nezinho do escolar, e não é por ser meu pai; posso fazer uma consulta pública a esse respeito que irei comprovar tal afirmação. No entanto, ser meu pai parece que lhe trouxe um ônus diante dessa administração liderada por um canalha chamado Francisco José Campaner e assessorada por uma corja de idiotas, canalhas e vagabundos como ele.

Numa tentativa de me atingir, Chiquinho tem praticado uma injustiça para com um homem que nunca deixou de executar sua missão, mesmo estando doente, por amor ao funcionalismo público; isso está no sangue de nossa família. Campaner e seus cupinchas, um bando de ignorantes e energúmenos que nem sabem o que estão fazendo ali, além de embolsar o dinheiro público, sabem que entraram em um campo perigoso mexendo com quem não deveriam provocar, mas o fazem mirando a mim.

Ao longo de seus mais de 60 anos, meu pai nunca teve papas na língua, muito menos abaixou sua cabeça para superiores irresponsáveis e inconsequentes. Nunca foi puxa-saco de prefeito ou de fiscal, tampouco frouxo e covarde, mas sempre combateu as injustiças e os malfeitos dentro da Prefeitura. Sua fama de briguento não vem do nada. No entanto, a nova ordem do alcaide Chiquinho para excluí-lo das divisões de horas extras, beneficiando alguns bajuladores, supera o princípio da isonomia.

Sob forte emoção, ao tomar conhecimento de sua decisão na noite desta terça-feira (12), cheguei a me preparar para ir até sua casa tirar satisfações. Com a cabeça quente, meu instinto era o de arrebentar sua cara de pau na porrada, algo que nunca passou pela minha cabeça antes, mas pensei melhor. Não vou apelar para a violência, mesmo diante de seus ataques e provocações, mas o destruirei com todas as minhas forças por meios legais, nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida.

Chiquinho, você não sairá impune! Os crimes que cometeu, as injustiças praticadas contra o povo de Ribeirão Bonito, o assédio e as perseguições contra os servidores públicos e seus desafetos políticos, entre outras tantas práticas... Você vai responder e pagar por isso tudo. Ainda que a Justiça seja lenta, ainda que o Legislativo (graças a cinco vagabundos) venha a te salvar mais uma vez, eu não vou descansar. Disse e repito: Chiquinho, eu vou te buscar nem que seja no inferno!

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