Três integrantes foram presos na quinta (19); polícia procura por fornecedores
EPTV
A polícia de Araras, na região Central do Estado de São Paulo, prendeu na quinta-feira (19) integrantes de uma quadrilha que falsificava documentos e aplicava golpes em vários estados do país. Agora, os investigadores procuram os responsáveis pelo fornecimento do papel impresso oficial para que os falsários pudessem ‘esquentar’ os documentos falsos.
Em um HD para armazenar arquivos, a polícia encontrou a lista e os modelos dos documentos. Entre eles, diploma de medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), histórico escolar, carteira de identificação de oficial de Justiça e da marinha.
Os preços eram diferenciados para cada encomenda. O diploma para um curso técnico, por exemplo, ficava em R$ 1,5 mil. Já a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) saia por R$ 300.
Julio César Amadio, que portava uma carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mesmo documento encontrado no computador, foi preso em flagrante por falsificação.
Na operação, a polícia também apreendeu três carros. Um deles estava na oficina do irmão de Julio. Vagner Amadio e o filho foram presos por falsidade ideológica e adulteração das características do veículo. “Eles disseram que não sabiam e não conseguiram abrir o programa. O que não é verdade, porque em um dos veículos nós encontramos a cópia deste documento, o que comprova o vinculo e que ele tinha muito conhecimento”, disse o delegado Francisco de Oliveira Lima.
A investigação começou a partir da apreensão de carros adulterados com documentação clonada. Com os mandados de busca, os policiais encontraram bem mais do que procuravam.
O objetivo agora é descobrir o responsável por obter os documentos originais junto aos órgãos competentes. “A gente acredita que exista uma outra ala desta quadrilha que fornecia o impresso oficial para que ele fizesse o trabalho dele como ‘documentarista’”, explicou o delegado.
As pessoas que usufruíram dos documentos também podem ser punidas criminalmente. “Se você contratou a expedição de um documento falso, você usou e praticou o crime. Se a investigação chegar a essas pessoas, elas serão responsabilizadas”, ressaltou Lima.
O advogado do homem que foi preso por suspeita de falsificação entrou com pedido de liberdade provisória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário