Servidores estão indignados e apontam desvio de
função no Executivo
Marcel Rofeal, da Redação
Fotos: Marcel
Rofeal/BMR
Visto como um dos
melhores assessores do Executivo, o chefe Geral de Fiscalização José Marccio da
Silva, responsável pelo setor de Transportes e Logística da administração, foi
exonerado pelo prefeito Wilson Forte Júnior (PMDB). A medida gerou revolta
entre os funcionários do pátio, que reivindicam a exoneração de outros cargos
de confiança que são mantidos e acusam desvios de função. Para
servidores, Silva seria um incômodo para alguns comissionados.
Convidado pelo próprio
prefeito Nenê Forte para assumir a função, Marccio passou pouco mais de três
anos e cinco meses na administração. Durante o exercício de seu trabalho,
acabou envolvido em uma série de discussões com funcionários, mas não por ele,
e sim por decisões impopulares adotadas pelo alto escalão da assessoria e que a
ele era incumbida a função de comunicar aos servidores. Segundo os mesmos
funcionários, Silva mantinha a educação, o respeito e o diálogo.
Ex-diretor do
Departamento de Governo na administração do ex-prefeito Paulo Antonio Gobato
Veiga, quando passou dois meses no Executivo, José Marccio da Silva voltou ao
quadro de confiança na atual administração por indicação do próprio ex-prefeito
e de auxiliares mantidos no alto escalão da Prefeitura de Ribeirão Bonito pelo
atual prefeito Nenê Forte. Segundo informações dos bastidores,
seria a esse escalão que Marccio teria incomodado e o que o levou à exoneração.
Marccio é o segundo
nome exonerado pela Prefeitura em cerca de quatro meses, segundo a própria
administração, sob a justificativa de contenção de despesas, o que é ainda mais
questionado, tanto por moradores quanto pelos próprios servidores do Executivo.
“Tem muitos lá dentro que não fazem nada, mas eles estão dispensando os
melhorzinhos”, afirmou um dos funcionários. O desvio de função ainda é outra
indignação do funcionalismo, que se queixa de prejuízos.
De acordo com funcionários
ouvidos pela reportagem, mas que preferem manter o anonimato por medo de
represálias, assessores lotados em cargos de comissão da Prefeitura estariam
exercendo funções de motoristas de transporte escolar e até mesmo do
Departamento de Saúde, realizando viagens com pacientes a outros municípios ou
ainda conduzindo a ambulância dentro da própria cidade. Segundo servidores, as
medidas são tomadas para evitar o pagamento de horas extras.
Às vésperas das
eleições, funcionários também estão preocupados com o resultado do pleito. Para
eles, a probabilidade de manutenção do alto escalão nos cargos de confiança da
administração, o que já perdura por cerca de uma década, é considerado “desanimador”.
“Não é o prefeito quem exonera ou administra, o Nenê não é prefeito, mas dois
ou três que estão lá dentro há 10 anos”, desabafou um funcionário público. “A
Prefeitura perdeu o dinamismo de anos atrás”, concluiu.
Um comentário:
Triste realidade de nossa "Pátria Amada". Atividades irregulares sendo realizadas nos municípios do Brasil e, em escala menor, mas não menos importante, alcançando a histórica cidade de Ribeirão Bonito, SP. O cartel dos poderosos ainda existe lembrando o coronelismo de outrora, onde quem comanda são os "colarinhos brancos" que apresentam simbolicamente ao povo um representante público formal (oxalá que não seja o caso do governo do Exmo. Prefeito de R. Bonito). Se a indignação dos funcionários/munícipes for fundamentada, será mostrado empiricamente que não há sombra que não seja iluminada pelo sol da verdade, pois não há mentira que prevaleça Ad Eternum.
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