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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Brasil: Pane nos freios assusta passageiros de avião em MG

A bordo estavam 54 passageiros e quatro tripulantes que, depois de uma manutenção de emergência, tiveram de descer

Marcelo Portela, Agência Estado

Passageiros do voo 5600 da Trip, que seguia de Belo Horizonte para Belém (PA), passaram por um susto na manhã de hoje, quando a aeronave teve uma pane em um dos freios e quase parou no gramado do aeroporto Mário de Almeida Franco, na cidade mineira de Uberaba. O avião, que segundo clientes da companhia já havia apresentado problema em Araguaína (TO) no dia anterior, chegou a "dançar" na pista, mas o piloto conseguiu recuperar o controle e taxiou até parar no lugar determinado. Os passageiros só seguiram para seus destinos à tarde, em outra aeronave.

Segundo o superintendente do aeroporto de Uberaba, João Itacir Gottfried Freitas, o voo já chegou com pouco mais de uma hora de atraso e, quando a aeronave pousou, houve pane em uma das rodas e o avião perdeu a direção. A bordo estavam 54 passageiros e quatro tripulantes que, depois de uma manutenção de emergência e uma tentativa frustrada de taxiar na pista, tiveram de descer.

A pensionista Márcia Fonseca, de 60 anos, porém, conta que o drama começou bem antes. Ela embarcou na aeronave em Tucuruí (PA), na tarde de ontem, com previsão de chegar em Uberlândia à noite. Márcia conta que, ao descer em Araguaína no fim da tarde, a aeronave já apresentou problema. "Todo mundo teve que descer. Levaram a gente para um hotel e disseram que às 22h30 embarcaríamos de novo. Às 2h (de hoje) buscaram a gente para seguir viagem."

Mas ela diz que, ao chegar em Brasília, o avião "dançou muito na pista" e o plano de voo teve de ser alterado. "Nos avisaram que teriam que seguir direto para Belo Horizonte e de lá seguiríamos", relatou. Em nota, a Trip afirma que ocorreu uma pane hidráulica na aeronave e que "não houve desconforto maior" aos passageiros e tripulantes. Para quem estava no avião, porém, a sensação foi outra. "Estava todo mundo muito tenso. Mas deu tudo certo. Só não pode acontecer sempre", diz Márcia Fonseca.

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